A autoestima é entendida como o resultado da avaliação subjetiva que a pessoa faz de si mesma, expressando uma atitude de aprovação ou repulsa, bem como das suas capacidades e valor para si próprio e para o meio em que vive, sendo geralmente considerada pelos especialistas como uma caraterística duradoura da personalidade.
Um sentimento de autoestima elevada pode levar a uma vida mais positiva e satisfatória, enquanto uma baixa autoestima pode conduzir a problemas de saúde física e mental, sendo por isso importante trabalhar na construção de uma autoestima saudável, seja através de terapia, exercícios de afirmação positiva ou mudança de estilo de vida.
Na imagem corporal positiva, o individuo faz uma abordagem corporal positiva, gostando do seu próprio corpo sem dúvidas ou restrições, projetando essa percepção para o exterior adaptando-se ao meio e incorporando em si próprio as pesquisas e tendências mais recentes no sector da saúde, beleza e bem-estar, proporcionando dessa forma enorme impacto na sua saúde física e mental.
Em sentido oposto, a imagem corporal negativa está relacionada com a insatisfação do indivíduo consigo mesmo, podendo contribuir para um comportamento dismórfico, caraterizado por uma preocupação excessiva e obsessiva com defeitos percebidos na sua aparência física, transtornos alimentares e outras condições que os especialistas descrevem como uma experiência emocional complexa.
Os impactos da autoestima na saúde em geral são enormes, uma vez que ela é basicamente a chave para o equilíbrio emocional. Nesse sentido, uma pessoa com a autoestima equilibrada, vai sentir-se confortável com a sua identidade e vai conseguir expressar-se com segurança nas mais variadas circunstâncias da vida quotidiana.
A autoestima tem uma enorme abrangência, incorporando um conjunto de fatores que abrange desde a parte estética até à emocional e comportamental do ser humano. Perante tantas tendências de estereótipos, personalidades e influências mediáticas, somos condicionados a procurar uma padrão geralmente inatingível, o que muitas vezes faz com que a autoestima se desmorone, dando lugar a insegurança, medos e angústias.
Hoje, as redes sociais mostram tantos exemplos de vidas perfeitas com que muitos de nós sonhamos, que as consequências de estar cercados destes modelos podem ser diversas, desde o sentimento de fracasso até ao desgaste emocional em busca de uma perfeição que na realidade não existe, mas que pode provocar forte impacto na saúde física e psíquica.
Uma pesquisa recente realizada pelo Centro Internacional para Saúde e Sociedade, de Londres, revelou que as pessoas com baixa autoestima, apresentam uma diminuição da atividade do sistema imunológico, fazendo com que apresentem maior risco de desenvolver doenças graves, como enfartes, acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças respiratórias e gastrintestinais.
Além disso, este grupo de pessoas tende igualmente a ter menor disposição para a prática de exercício físico ou para manter uma dieta saudável, o que agrava a situação, podendo conduzir a um estado depressivo grave. Por isso, a chave para melhorar a autoestima passa por cuidar em primeiro lugar da saúde física e mental, já que estas andam a par da autoestima.
A pessoa deve procurar manter uma alimentação balanceada, acompanhada de exercícios físicos moderados, agradáveis e adaptados às condições de saúde individual, mantendo ao mesmo tempo visitas regulares ao seu médico assistente.
A maioria das pessoas com elevada autoestima podem geralmente ser identificadas por manterem caraterísticas comuns como a criatividade, facilidade para assumirem papéis ativos quando em grupo, expressam as suas próprias visões, tendem a manter um bom desempenho académico, são pouco sensíveis a críticas, mantêm uma imagem positiva e constante de suas capacidades, preocupam-se pouco com os medos e ambivalências e demonstram confiança e otimismo nas suas próprias caraterísticas e atributos pessoais, habilidades sociais e qualidades intrínsecas, orientando-se de forma mais direta e realística para as metas pessoais.
Já a pessoa com baixa autoestima pode ser facilmente reconhecida ao apresentar sentimentos de isolamento e ansiedade, ser excessivamente sensível a críticas, ter maior dificuldade de afirmar as suas próprias opiniões e necessidades, dificilmente aceita novos desafios, desiste com facilidade e tem uma capacidade de resiliência diminuída, lidando mal com as adversidades da vida.
Considerando que a nossa saúde física depende da saúde psíquica, a autoestima não influencia apenas a saúde psíquica, mas também a física, havendo diversos estudos a comprovar a sua relação com a postura corporal e com o sistema imunitário, isto é, uma pessoa com a autoestima equilibrada, tende a manter uma postura mais ereta em comparação com outra com baixa autoestima. Já a imunidade, como está bastante relacionada com a saúde emocional, ela não irá ser afetada, caso haja um equilíbrio emocional.
A autoestima é construída ao longo da vida, não sendo possível alterá-la a curto prazo. Para a melhorar vai ser necessário desenvolver habilidades pessoais para satisfazer as necessidades emocionais existentes, o que envolve tempo, autoconhecimento e eventual acompanhamento por uma profissional de saúde.
Na área da saúde e bem-estar, recursos como recomendações nutricionais personalizadas, acompanhamento dietético e acesso a receitas saudáveis também podem ser oferecidos por supermercados inteligentes...
De acordo com a OMS, os cuidados de saúde primários, representam um abordagem de toda a sociedade à saúde e bem-estar, centrada nas necessidades e preferências das pessoas, famílias e comunidades.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.