
Exposição a toxinas na gravidez e início de vida de bebés associada a autismo
GRAVIDEZ E MATERNIDADE
Tupam Editores
Através de dentes de bebés, investigadores do Laboratório de Ciências de Saúde Ambiental Senador Frank R. Lautenberg e do Centro Seaver, ambos nos Estados Unidos, descobriram que as diferenças na absorção de múltiplos elementos tóxicos e essenciais durante os segundo e terceiro trimestres de gravidez e nos períodos pós-parto estão associados a um risco de desenvolver distúrbios do espetro do autismo.
As descobertas, publicadas na Nature Communications, sugerem que a desregulação sistémica de poluentes ambientais e de elementos dietéticos pode desempenhar um papel importante nos distúrbios do espetro do autismo.
Além de identificar fatores ambientais específicos que influenciam o risco, o estudo também identificou períodos de tempo de desenvolvimento quando a desregulação elementar representa o maior risco de autismo na vida.
Os investigadores encontraram divergências significativas na captação de metal entre crianças afetadas pelo transtorno e os seus irmãos saudáveis, mas somente durante períodos discretos de desenvolvimento; especificamente, os irmãos com autismo tiveram uma maior aceitação de chumbo de neurotoxina e reduziram a absorção dos elementos essenciais de manganês e zinco, durante a fase tardia da gravidez e nos primeiros meses após o nascimento.
Além disso, os níveis de metal encontrados em bebés com três meses de idade mostraram-se preditivos da gravidade do transtorno oito a dez anos depois.

Os especialistas utilizaram biomarcadores de matrizes dentárias para analisar dentes de bebés recolhidos de pares de gémeos idênticos e não idênticos, um dos quais tinha, pelo menos, um diagnóstico de distúrbio do espetro do autismo.
Os investigadores também analisaram dentes de pares de gémeos normalmente desenvolvidos que serviram como grupo de controlo do estudo.
Durante o desenvolvimento fetal e infantil, uma nova camada de dente é formada a cada semana, deixando uma "impressão" da composição microquímica de cada camada única, que fornece um registo cronológico da exposição.
As descobertas enfatizam a importância de um esforço colaborativo entre geneticistas e investigadores ambientais para futuras investigações sobre a relação entre exposição a metais e distúrbios do espetro do autismo para ajudar a descobrir as causas profundas da doença.


GRAVIDEZ E MATERNIDADE
DESEJOS NA GRAVIDEZ: FACTO OU MITO?


GRAVIDEZ E MATERNIDADE
GESTANTES ADOLESCENTES NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS


DOENÇAS E TRATAMENTOS
ANOSMIA, A AUSÊNCIA TOTAL DE OLFATO


DOENÇAS E TRATAMENTOS