
Exposição à poluição na gravidez altera estrutura da placenta
GRAVIDEZ E MATERNIDADE
Tupam Editores
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo, no Brasil, revela os mecanismos através dos quais a exposição à poluição durante a gestação afeta a estrutura da placenta e prejudica o desenvolvimento fetal.
"Nós observamos que a exposição a poluentes antes e/ou durante a gravidez desencadeia alguns fenómenos inflamatórios ao longo do desenvolvimento da placenta que comprometem o seu crescimento. Isso possivelmente interfere na transferência de nutrientes e de oxigénio da mãe para o feto”, explicou o investigador Joel Cláudio Heimann.
Com base em testes realizados com animais em laboratório sujeitos à poluição atmosférica durante a gestação, os cientistas verificaram que as placentas dos animais indicaram que a exposição ao ar poluído antes ou durante a gravidez diminuiu a massa, o tamanho e a área superficial da placenta, tendo provocado alterações no sistema RAS (sistema hormonal renina-angiotensina).
Pesquisas já realizadas revelaram que distúrbios nesse sistema podem levar a uma redução do fluxo sanguíneo uteroplacentário.
Além disso, a angiotensina II (AngII) - um peptídeo que faz parte desse sistema - é um potente regulador da migração e invasão de trofoblasto - camada de células epiteliais que forma a parede externa da blástula dos mamíferos (blastocisto) e atua na implantação e nutrição do embrião - no início da gravidez.
A “invasão” da vasculatura materna pelo trofoblasto é um pré-requisito para o estabelecimento de uma placenta normal e continuação da gravidez, explicaram os cientistas, acrescentando que a poluição evita que esse processo ocorra de forma normal.


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