
Dispositivos microscópicos de grafeno podem controlar atividade dos neurónios
MEDICINA E MEDICAMENTOS
Tupam Editores
Dispositivos minúsculos de grafeno poderão, no futuro, chegar a um local específico do cérebro e influenciar o funcionamento de tipos específicos de neurónios ou fazer entrega de medicamentos.
O grafeno é uma folha de carvão de apenas um átomo de altura. Medindo cerca de um milionésimo de metro, essas partículas provaram ser capazes de interferir na transmissão do sinal nas junções sinápticas neuronais excitatórias.
Além disso, testes realizados mostraram que pedaços de grafeno cumprem essa função de forma temporária ou reversível, porque desaparecem sem deixar vestígios alguns dias depois de terem sido administrados.
Graças a essa evidência positiva, poderão ser realizados novos estudos com foco na investigação de possíveis efeitos terapêuticos desses dispositivos no tratamento de problemas como a epilepsia, em que se regista um excesso da atividade dos neurónios excitatórios, ou para estudar abordagens inovadoras de transportar substâncias terapêuticas exatamente para o local onde elas são necessárias.
“Nós relatámos em modelos in vitro [células em placas de Petri] que estes pequenos pedaços de grafeno interferem com a transmissão dos sinais de um neurónio para outro, agindo em zonas específicas chamadas sinapses, que são cruciais para o funcionamento do nosso sistema nervoso”, explicam Laura Ballerini e Rossana Rauti, da Escola Superior de Estudos Avançados (SISSA), na Itália.
O próximo passo será explorar os potenciais desenvolvimentos desta descoberta, com um possível horizonte terapêutico de interesse definido para diferentes patologias, disseram as investigadoras.


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