DIETAS ADEQUADAS A CADA IDADE

DIETAS ADEQUADAS A CADA IDADE

DIETA E NUTRIÇÃO

  Tupam Editores

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A alimentação deve ser ajustada de forma gradual e naturalmente, a cada fase da vida! Afinal, a frase que Hipócrates, considerado o Pai da Medicina Ocidental, nos legou há mais de 2500 anos faz cada vez mais sentido, ao referir “que o vosso alimento seja o vosso medicamento”, ou por outras palavras “somos reflexo daquilo que comemos”.

A necessidade imprescindível de determinados nutrientes ao longo da vida, faz dos hábitos alimentares uma fonte essencial para o completo bem-estar físico, mental e para a qualidade de vida, independentemente da idade e não apenas para a ausência de doenças, constituindo um dos mais importantes pilares para a manutenção de um corpo e mente sãos.

No entanto, a idade é um fator determinante para ajudar a harmonizar de forma natural, a alimentação de cada pessoa, quer em termos quantitativos quer qualitativos. Uma criança não tem apetência nem come os mesmos alimentos que uma pessoa adulta!

É do senso comum que a partir de determinada idade, as alterações hormonais fazem com que o organismo consuma menos energia e o metabolismo se torne mais lento. As dietas e os exercícios levam mais tempo a produzir resultados, condição que gradualmente se vai tornando mais visível e acentuada a partir da chamada meia-idade.

Por outro lado, durante a infância, em particular na fase da amamentação, o leite materno é essencial para a saúde e desenvolvimento das crianças nos seis primeiros meses de vida, por se tratar de um alimento completo e único que pode garantir a quantidade e qualidade ideal de nutrientes para o bebé, por apresentar a concentração ideal de proteínas, açúcares, gorduras, sais minerais e vitaminas, sendo impensável administrar à criança alimentos sólidos próprios de um adulto, nesta fase.

Além de alimento completo, o leite materno fornece à criança água com fatores de proteção contra infeções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo do bebé.

Na fase de desmame, a partir dos seis meses, o leite materno deixa de suprir as necessidades nutricionais da criança, sendo necessário incluir ingredientes complementares na sua dieta.

Esta alteração coincide normalmente com o desenvolvimento da capacidade de mastigação, deglutição digestão e excreção, habilitando as crianças para ingerirem outros alimentos como cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, legumes e verduras, três vezes por dia, por forma a complementar o leite materno e ir adaptando a criança aos hábitos da família.

Na adolescência, entre os 10 anos e 20 anos de idade, fase da vida em que ocorrem entre os jovens intensas transformações físicas, psicológicas e comportamentais, eles necessitem de maior quantidade de calorias. Daí que o ideal será incentivá-los a tomar regularmente um substancial pequeno-almoço e um almoço completo, onde sejam incluídos alimentos ricos em proteínas como, leite, ovo, presunto magro, carnes magras de peru e bovino, frango e peixe, bem como carboidratos, incluindo pães, cereais, arroz, massas e batata, além de legumes, verduras e frutas variadas. O jantar poderá ser uma pequena refeição, uma sopa ou um prato leve.

Na fase adulta, não há nenhum alimento que deva ser consumido em maior quantidade que outro, contudo é necessário manter uma dieta equilibrada e o mais variada possível a fim de garantir, como base da alimentação, a ingestão adequada de todos os nutrientes proteicos, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais, de preferência in natura ou minimamente processados.

A rotina diária de “vida a correr” e a oferta de saborosos e calóricos alimentos nas grandes urbes, aliados à ausência de exercício regular e ao stresse, prejudicam gravemente a alimentação equilibrada, o que aliado aos irregulares e longos períodos entre refeições acaba por dar espaço a doenças crónicas degenerativas como a obesidade, hipertensão e diabetes.

Para fugir às rotinas e contrariar essa tendência, devem procurar-se refeições em que se possam ingerir alimentos de todos os tipos, como grãos, raízes, tubérculos, frutas, leite, ovos e carnes, farinhas, legumes e verduras; além disso, dentro de cada tipo, optar por feijão, arroz, batata, abóbora, tomate, laranja, banana, frango e peixes.

Usados com moderação, óleos, gorduras, sal e açúcar podem contribuir para diversificar e tornar as refeições mais saborosas sem as tornar nutricionalmente desequilibradas.

Os hábitos alimentares, vão-se alterando naturalmente com o avançar da idade, devido às diferentes necessidades de energia e nutrientes. O processo de envelhecimento provoca alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que se repercutem na nutrição.

A adaptação é a chave! Além de apostar no consumo abundante de água, ainda que não sentindo sede, o idoso deve apostar na ingestão de cálcio para evitar a osteoporose e fraturas ósseas e na ingestão de carnes (de preferência de fígado), leguminosas e cerais integrais que contêm ferro, e utilizar substitutos do sal para evitar a hipertensão arterial e outras patologias, além de cortar no açúcar, reduzindo o seu consumo ao mínimo, como forma de evitar excesso de peso e glicemia.

Alguns nutrientes importantes para esta etapa da vida podem ser encontrados nos seguintes alimentos: cálcio, ferro, zinco e magnésio - vegetais folhosos, legumes, produtos marinhos, nozes, cereais e derivados do leite; fósforo - semente de abóbora seca, soja assada, amêndoa, castanha do Pará, semente de girassol, sardinha, amendoim; vitamina D - leite e derivados, ovos, margarinas, peixes; vitamina A - fígado, leite e derivados, ovos, cenoura, batata doce, manga, espinafre, folhas de brócolis; vitamina C - limão, laranja, tangerina, caju, goiaba, manga, mamão, morango, kiwi, ou em hortaliças como o tomate, pimentão, couve e repolho.

Além de tudo o mais, viva plenamente, mantenha-se ativo a nível mental e físico, não perdendo de vista os seus contactos afetivos e os seus pequenos prazeres!

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
07 de Maio de 2024

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