O crescimento fetal excessivo já está a ocorrer há cerca de quatro semanas quando é efetuado o teste de diabetes gestacional, revela um estudo observacional de cientistas da Universidade CHA, na Coreia do Sul, apresentado no Encontro Anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes.

A diabetes gestacional é uma forma de diabetes temporária que ocorre das alterações hormonais. As grávidas com diabetes gestacional têm uma probabilidade sete vezes maior de desenvolverem diabetes tipo 2 no futuro.

A diabetes gestacional provoca no bebé um crescimento excessivo, peso excessivo no nascimento, maior índice de gordura, menor sensibilidade à insulina e maior probabilidade de desenvolver diabetes e obesidade no futuro.

As diretrizes atuais na Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos recomendam que se faça o despiste da diabetes entre as 24 e as 28 semanas de gestação, especialmente nas mulheres obesas e mais velhas.

Durante este estudo, foram analisadas 7 820 grávidas e feitas ecografias onde se mediu a circunferência abdominal do feto, tamanho da cabeça e tamanho do fémur quatro semanas antes do teste da diabetes gestacional, durante a 26.ª semana (aquando do teste da diabetes) e à 35.ª semana.

Às 22 semanas, as ecografias revelavam que os bebés de mães posteriormente diagnosticadas com diabetes gestacional (às 26 semanas) tinham uma circunferência abdominal maior e permaneceram anormalmente grandes durante a 35.ª semana de gravidez, em comparação com os bebés cujas mães não tinham diabetes. O mesmo resultado foi obtido nas mães mais velhas e obesas sem diabetes.

A investigadora Yo Lee Kim alerta para a necessidade de se fazer o teste mais cedo durante a gravidez para se controlar a diabetes, melhorar os aspetos de saúde e minimizar as consequências futuras.