COVID-19: UE DESCONFINA COM CAUTELA
SOCIEDADE E SAÚDE
Tupam Editores
Em nome dos Estados-Membros, a Comissão Europeia (CE) acaba de formalizar a compra de mais 1,8 mil milhões de doses adicionais da vacina BioNTech/Pfizer, para combater as novas variantes SARS-CoV-2 que se prevê possam atingir a União Europeia (UE) em 2022 e 2023, prenunciando que poderemos ter de conviver durante mais algum tempo com a atual pandemia, até que toda a população esteja imunizada. A Hungria optou por ficar de fora deste negócio, tendo sido o único país a fazê-lo.
Entretanto a Presidente da Comissão anunciou que a campanha de vacinação na Europa está a acelerar, prevendo-se que até ao final de julho, 70 por cento de todos os adultos da UE tenham sido vacinados com uma primeira dose, objetivo semelhante ao que foi estabelecido pelos EUA.
Ao mesmo tempo, após acesos debates no Parlamento Europeu com vista à implementação de um certificado COVID-19 temporário, que permita facilitar a livre circulação entre os Estados-Membros, acaba de ser anunciado que a presidência portuguesa do Conselho da UE e o Parlamento, chegaram a um acordo político sobre a emissão de um “Certificado Digital Covid-19 da UE”, que se espera possa entrar em vigor no primeiro dia de julho deste ano, de forma a permitir o levantamento das restrições de viagens durante a época do verão.
Está previsto que as vacinas e testes de diagnóstico necessários para emissão de certificados sejam acessíveis, universais, rápidos e gratuitos para todos os cidadãos da UE, cabendo aos Estados-Membros a sua coordenação e segurança, mas impedindo-os de introduzir restrições adicionais após a sua entrada em vigor, prevendo-se que até lá sejam aprovados os regulamentos, que salvaguardem as liberdades cívicas e a privacidade dos cidadãos europeus.
Além disso, com o objetivo de reforçar os sistemas de saúde na Europa para melhorar a resposta a futuras crises transfronteiriças de grande escala, como a pandemia de COVID-19, foi criado um novo programa designado por “UE pela Saúde”, tendo em vista melhorar a coordenação e cooperação entre os Países-Membros da UE em períodos de crise, através do reforço da capacidade de intervenção e ajuda aos sistemas nacionais de saúde para o período de 2021-2027.
A nível global, o número de infeções e mortes tem vindo a diminuir gradualmente em praticamente todas as regiões no decurso da última semana, mantendo-se, no entanto, em níveis muito elevados particularmente nas Regiões das Américas e Sudeste Asiático, em boa medida devida à dramática situação na Índia, apesar de ali se ter verificado uma ligeira melhoria no decurso da última semana.
Tendo em vista a preparação de uma resposta adequada, em tempo útil, a uma futura pandemia, um grupo de especialistas independentes, estabelecido pela OMS, está a estudar a melhor metodologia a desenvolver para lidar com novos agentes patogénicos, potenciais ameaças para a humanidade no futuro. O extenso relatório preliminar apresentado pelo grupo esta semana, além de indicar o que falta fazer para parar a COVID-19, indica de que forma o mundo se deve preparar para enfrentar a próxima pandemia.
Entre muitas outras recomendações, o grupo observa que os países com altos padrões de desenvolvimento, que disponham de infraestruturas de desenvolvimento de vacinas para uma cobertura significativa das populações devem, em paralelo com o aumento da produção, comprometer-se a fornecer mais de 2 mil milhões de doses até meados de 2022 aos 92 países de baixo e médio rendimento, beneficiários do mecanismo de distribuição COVAX, sendo que pelo menos mil milhões devem ser entregues até setembro de 2021.
A iniciativa internacional COVAX, lançada pela OMS e outros organismos, objetivou a aquisição de um mínimo de 2 mil milhões de vacinas para a COVID-19 até ao final de 2021, para disponibilizar aos países com economias mais frágeis, que sem esta ajuda teriam muita dificuldade em obtê-las, e por essa via garantir a imunização contra o novo coronavírus de pelo menos 20 por cento da população mundial.
É também recomendado que, sob mediação da OMS, os países produtores de vacinas e os fabricantes devem unir-se a fim de acordar o licenciamento voluntário e transferência de tecnologia para incrementar a produção e reduzir a escassez. Alvitram ainda que os direitos de propriedade intelectual deveriam ser levantados de imediato, caso nenhuma ação seja tomada dentro de três meses.
A nível de prevenção global para uma futura pandemia, o grupo de especialistas propõe a criação de um Conselho Mundial de Combate às Ameaças Sanitárias, cuja missão seria “manter o compromisso político de preparação e resposta às pandemias e a responsabilidade dos diferentes atores, em particular por meio de monitorização e controlo recíprocos".
É ainda referido que os países deveriam adotar uma Convenção nos próximos seis meses, sugerindo ao mesmo tempo a criação de um sistema de vigilância global baseado na transparência total, no sentido de proporcionar maior flexibilidade à ação da OMS e fortalecer a sua autoridade, o que só será possível através de incremento do financiamento dos seus Estados-Membros, tarefas que se apresentam difíceis, numa fase crítica da economia mundial.
Desde o primeiro alerta de Covid-19 em 31 de dezembro de 2019, cerca de 166 milhões de casos de infeção foram confirmados em todo o mundo e mais de 3,4 milhões pessoas morreram, de acordo com a OMS. A maioria dos países em todo o mundo fecharam as suas fronteiras, os serviços foram encerrados e restrições foram impostas com o objetivo de minorar o número de transmissões da doença e para aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde.
Uma saída sustentável da pandemia na UE depende dos progressos realizados a nível mundial, pois nenhum país ou região do mundo estarão seguros em relação à COVID-19 se a sua propagação não for contida a nível global. Nesse sentido a UE e o conjunto dos seus Estados-Membros lideram desde a primeira hora o investimento no Mecanismo Mundial COVAX, tendo definido uma abordagem coordenada para partilha de vacinas através de um mecanismo de partilha da EU, com o objetivo de ajudar os países parceiros a superar a atual pandemia.
Sendo espectáveis novas mutações do vírus, quanto maior for a circulação maior oportunidade ele terá de sofrer nova mutação. Daí que a OMS recomende o uso dos meios de controlo de doenças estabelecidos e comprovados, como os prescritos no Plano Estratégico de Preparação e Resposta COVID-19 inicial, bem como se evite a sua introdução em populações animais, a fim de reduzir a ocorrência de novas mutações com sérias implicações na saúde pública.
Na Europa a situação tem vindo a melhorar gradualmente, com a maioria dos países da UE a iniciarem o desconfinamento e a abertura de fronteiras a curto prazo, porém com todos os cuidados, mantendo as medidas de higienização e distanciamento social em vigor. Neste contexto, Portugal destaca-se pela positiva tendo já iniciado a última fase de desconfinamento, aligeirando uma série de medidas conducentes à transição para uma normalidade pré-pandemia, que permita aos cidadãos, empresas e instituições, reiniciarem gradualmente as suas atividades, o que não invalida que tenha de se dar novo passo atrás, caso os indicadores da pandemia voltem a agravar-se.
Enquanto isso, a nível global o número de contaminações continua a crescer, bem como o número de fatalidades, embora a ritmo mais lento. Entre nós a situação parece estar controlada, com o número de incidências a manter-se em níveis considerados aceitáveis, o Índice de Transmissibilidade (Rt) baixo e o número de mortes e internamentos a caírem para mínimos desde o início da pandemia, levando a Direção-Geral de Saúde (DGS), a priorizar a testagem e a vacinação massiva, agora que os lotes encomendados estão a chegar a bom ritmo.
Focados na massificação da testagem, segundo o último relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS), foram recebidas até agora no País, 5 197 920 doses e administradas 4 756 567; destas, 3 311 059 pessoas receberam uma primeira dose e 1 445 508 a segunda dose, o que corresponde a cerca de 32% e 14 % da população, respetivamente, números que colocam Portugal nos lugares cimeiros do ranking de vacinação da UE. Segundo a DGS foram efetuados no País mais de 11,3 milhões de testes (PCR+ Antigénio)
Dados atualizados semanalmente pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), revelam que na EU/EEE (União Europeia e Espaço Económico Europeu) foram administradas mais de 233,8 milhões de primeiras doses da vacina COVID-19 em adultos maiores de 18 anos e cerca de 202,5 milhões de doses completas, correspondendo a 38,9% e 16,1% respetivamente da população dos 29 países incluídos no estudo, longe ainda de se atingir a meta de 70%, considerada necessária para se obter a imunidade de grupo. Estima-se que a imunidade de grupo ocorra quando um número suficiente de indivíduos está protegido contra uma determinada infeção e age como um escudo, evitando que o vírus atinja os que estão desprotegidos.
A tendência para manutenção em alta das taxas de contágio da pandemia, que ainda prevalece em alguns países da região europeia, não é replicada no nosso País, que tem mantido o índice de transmissibilidade (Rt) estabilizado em valores inferiores a 1, mas que na última semana subiu ligeiramente para um valor médio atual de 1,03 e com uma incidência de infeção nos últimos 14 dias de 52,6 casos por 100 mil habitantes.
A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, foi declarada pandemia pela OMS a 11 de março de 2020. Rapidamente, foram mobilizados a nível global recursos científicos e financeiros sem precedentes para a criação de uma vacina que eficazmente a neutralizasse, o que foi conseguido em tempo recorde, mas ainda há dúvidas sobre a capacidade de o vírus poder continuar a ludibriar a ciência com mais e novas variantes, como tem vindo a suceder desde o início.
No nosso País, desde que seja considerada elegível e preencha as especificações clínicas aprovadas para cada vacina na UE, toda a população portuguesa poderá ser vacinada tendo, contudo, sido definidos previamente grupos prioritários considerados mais vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2. Assim, a estratégia de vacinação, suscetível de poder sofrer alterações em função do evoluir do conhecimento científico e de eventuais alterações que venham a ser aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), passa por 3 fases, obedecendo inicialmente aos seguintes critérios:
Primeira fase
A partir de dezembro de 2020:
- Profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes;
- Profissionais das forças armadas, segurança e serviços críticos;
- Profissionais e residentes em estruturas e residenciais para idosos e instituições similares;
- Profissionais e utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
A partir de fevereiro de 2021:
- Pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal (TFGe < 60ml/min), Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.
- Pessoas com 80 ou mais anos de idade.
Segunda fase
A partir de abril de 2021:
- Pessoas de idade igual ou superior a 65 anos (sem vacinação anterior)
- Pessoas entre os 50 e 64 anos de idade, com pelo menos uma das seguintes doenças crónicas: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica (TFGe > 60ml/min), insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade, outras patologias a definir em função do conhecimento científico.
Terceira fase (em data a determinar após conclusão da segunda fase):
- Restante população elegível, que também poderá ser priorizada.
Entretanto, a fim de evitar atropelos, é pedido à população que aguarde a sua vez até ser contactada pelas autoridades de saúde. Para as pessoas incluídas na primeira fase, que tenham mais de 50 anos e doenças associadas ou mais de 80 anos, existe no portal da DGS, um simulador simples de usar onde poderão verificar se o seu nome consta da lista de prioridades.
Apesar de as medidas de confinamento adotadas em Portugal estarem a produzir os resultados esperados e o índice de transmissibilidade ser atualmente um dos mais baixos da UE, sendo notória a redução do número de fatalidades e internamentos hospitalares é necessário andar com cautela, não baixar a guarda face às novas variantes do vírus, que continuam a propagar-se por várias regiões do Globo.
A estratégia atual do Ministério da Saúde passa pela testagem massiva da população em geral, através da utilização alargada de testes laboratoriais a todos os contactos, independentemente dos níveis de risco e com mais testes rápidos de antigénio, disponíveis para venda ao público em farmácia comunitária, rastreios regulares e testes generalizados em escolas e locais com grandes concentrações de pessoas.
Sequelas da pandemia
Ainda em situação de calamidade, semi-confinados e sem data prevista para iniciar a recuperação plena das atividades económicas, as medidas de afastamento originam perdas graves no rendimento das empresas e famílias e os apoios financeiros do estado mostram-se insuficientes para compensar as perdas de remuneração imediata e a ameaça de perda de emprego, condições que são agravadas devido ao afastamento social com custos individuais muito elevados, principalmente quando significam a exclusão do núcleo familiar.
A pandemia por COVID-19 está a provocar importantes desafios às famílias e às sociedades, cujos efeitos já se fazem sentir e que certamente se irão repercutir e agravar no futuro e cuja dimensão ainda estamos longe de descortinar na totalidade, mas que já podemos antever face à nossa vivência do dia-a-dia, após mais de um ano de confinamento, distanciamento social, isolamento, medos e desconfiança mal disfarçada do nosso semelhante.
Estudos publicados por várias organizações de saúde internacionais, revelam que o impacto da pandemia por COVID-19 na saúde mental e no bem-estar da população em geral e dos profissionais de saúde em particular, devido às restrições e confinamento, são já muito nítidos, revelando sintomas moderados a graves de ansiedade, depressão, stress pós-traumático e burnout entre outros e em alguns casos também de resiliência.
No seio das famílias, começa a ser dramático o impacto que a pandemia está a exercer na economia doméstica, com as dificuldades financeiras decorrentes do desemprego e da perda de rendimentos, fatores potenciadores de perturbações nas relações familiares, especialmente em ambientes fechados, que os agravam, sendo demolidor para o desenvolvimento das crianças a todos os níveis.
Novos paradigmas
Jamais nos anais da história da humanidade se obtiveram resultados tão rapidamente no desenvolvimento de uma vacina para combater um vírus com as caraterísticas do SARS-CoV-2 e se mobilizaram tão vastos recursos. O novo vírus precisou somente de alguns meses para infetar milhões de pessoas por todo o mundo. A urgência de uma vacina para imunizar a população, a fim de evitar um maior alastramento das infeções e, acima de tudo, um maior número de mortes, direcionou o foco dos cientistas para um método de investigação que ainda está a dar os primeiros passos, mas que se acredita possa vir a ser uma arma útil e eficaz contra a atual e futuras pandemias, além de doenças autoimunes: as vacinas mRNA e reforço do sistema imunitário.
Atualidade na Europa
Na generalidade dos países europeus tem-se observado nas últimas semanas um recuo nas taxas de mortalidade e de infeções por COVID-19, porém o surgimento de novas variantes a partir do subcontinente indiano, pode obrigar a novas medidas de contenção, para travar o alastramento do novo vírus que alguns referem ser a quarta vaga da pandemia.
Segundo o ECDC, que se baseia em dados fornecidos pelos Estados-Membros da UE à base de dados do Sistema Europeu de Vigilância (TESSy), na Europa continua a observar-se uma melhoria da situação, embora a níveis elevados, com mais de 46 356 277 contágios e 1 056 587 fatalidades desde o início da pandemia. Todavia, relativamente à semana anterior verificou-se um decréscimo de 20% no número de infeções e 19% no número de mortes.
Na generalidade dos países europeus o número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), continua a mostrar uma tendência de descida na última semana. Hungria (133,58), Croácia (128,14), Bulgária (110,34), Polónia (94,05), Grécia (89,75), Eslováquia (78,97), Letónia (63,95), Roménia (61,62), Lituânia (55,83), República Checa (51,24).
Embora com tendência generalizada de descida, alguns países da Europa mantêm um número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias), ainda elevado. Suécia (577,38), Lituânia (562,83), Chipre (521,84), Holanda (483,09), Letónia (431,31), Croácia (369,23), Eslovénia (359,80), França (335,03), Estónia (320,77), Bélgica (308,82).
Em Portugal, registaram-se nas últimas 24 horas mais 1 óbito, mantendo-se consistentemente uma tendência de redução no número de fatalidades, tendo sido confirmados mais 451 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março último –, de 843 729 infetados, 804 522 recuperados e 17 014 vítimas mortais. Há ainda a registar 22 193 casos ativos da doença, 208 internamentos hospitalares e 58 casos críticos, que estão a ser acompanhados em UCI pelas autoridades de saúde.
Em tempos ainda de grande incerteza, com a maioria das fronteiras externas fechadas e as deslocações internas com algum condicionamento entre algumas regiões, as pessoas que necessitam de se deslocar pelo interior do País são aconselhadas a consultar previamente a “Lista de Concelhos – nível de risco” na internet, onde estão listados todos os Concelhos, com a indicação dos respetivos níveis de risco atualizados semanalmente, a fim de evitar surpresas desagradáveis.
Dada a imprevisibilidade na evolução das várias estirpes da COVID-19, é necessário andar com cuidado, ter paciência e saber esperar, além de ser necessário manter as demais regras de prevenção como o uso de máscaras, a higienização e a prática de distanciamento, entre outras recomendações da Direção-Geral da Saúde e que o bom senso aconselha, mesmo após a vacinação.
Logística da vacinação
O governo português tem asseguradas as doses de vacinas suficientes para vacinação da população (cerca de 31 milhões de doses), seguindo a estratégia predefinida de vacinação da população, incluindo a inoculação de 2ª dose em todos os grupos prioritários, segundo o plano nacional de vacinação estabelecido, ajustado aos meios e às condições existentes.
Para dar cumprimento a esse plano, a DGS mantém em funções uma comissão técnica, que “define e ajusta” os critérios em que a vacina contra a COVID-19 é aplicada no País, e uma “task force” que operacionaliza o processo. Os planos de vacinação divulgados nos primeiros dias de dezembro de 2020, estão desde essa data disponíveis para consulta no portal do SNS.
A COVID-19 a nível Global
De acordo com o site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 21 de maio de 2021, foram notificados em todo o mundo 165 889 879 casos de doença, incluindo 3 446 067 mortes e 146 605 823 recuperados, números que continuam em crescimento, em particular a nível dos contágios, mas também a nível de mortes, o que pode prenunciar novas vagas da pandemia.
Na generalidade dos países europeus a situação tende a estabilizar, embora com um nível de contágios elevado, e o continente americano continua a ser o mais fustigado pela pandemia, com o número de infetados a ultrapassar 66 733 898, seguido da Ásia, com um total de 48 269 839 infetados, da Europa com 46 046 378 casos reportados e de África também com um aumento para 4 771 834 pessoas. A Oceânia com 67 209 contaminados continua a ser o continente com menos casos registados.
A experiência de outras pandemias que eclodiram no passado, recomendam precaução absoluta pois, tal como outrora, a possibilidade de eclosão de novas vagas permanece em aberto. A nova COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Decorridos mais de dezasseis meses após a primeira infeção detetada em humanos, a incerteza quanto ao evoluir da doença apesar de tudo mantém-se. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde e a de nossas famílias. Todos os cuidados são poucos!
Caracterização do Novo Vírus COVID-19
Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).
O novo coronavírus (COVID-19) foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade de Wuhan, China, em final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia, sabendo-se que também possui capacidade de mutação em animais, como sucedeu no início entre as populações de martas nos Países Baixos, Dinamarca e Espanha, em julho de 2020.
Diferença entre epidemia e pandemia
A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.
Metodologia de atualização de dados
A atual situação epidémica é acompanhada permanentemente pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuíveis à COVID-19. Não obstante os números mudarem a cada segundo, o quadro a seguir reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto possível.
Situação Mundial da Pandemia a 21 de MAIO, segundo a OMS:
RECOMENDAÇÕES DA ECDC
Como se espalha o COVID-19?
As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem e espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.
Quais são os sintomas da doença?
A COVID-19 afeta cada pessoa de forma diferente. A maioria das pessoas infetadas experimenta sintomas ligeiros a moderados da doença e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse seca
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular
– Cansaço anormal
– Dor muscular
– Perda de olfato ou paladar
Surto de doença, O que precisa saber?
Se já esteve em áreas afetadas pela COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com aquela doença e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:
– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.
– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.
– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.
Como pode proteger-se e aos outros da infeção
– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.
– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.
– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.
– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1-2 metros de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.
Linha de Apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24
ARTIGO
Autor:
Tupam Editores
Última revisão:
10 de Abril de 2024
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