COVID-19: PREPARAR RESPOSTA À PRÓXIMA PANDEMIA

COVID-19: PREPARAR RESPOSTA À PRÓXIMA PANDEMIA

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a nível global o número de novos casos e mortes por COVID-19 diminuiu ligeiramente no decurso da última semana, no entanto a incidência de casos de infeção e mortes permanece nos níveis mais elevados desde o início da pandemia. Novos casos semanais têm vindo a baixar nas regiões da Europa e Mediterrâneo Oriental, enquanto nas Regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental continua a verificar-se uma trajetória ascendente ao longo das últimas 10 semanas, com um aumento adicional de 6 por cento na última semana.

A Índia continua a ser responsável por 95 por cento dos casos de infeção e 93 por cento das mortes na Região do Sudeste Asiático, bem como por 50 por cento dos casos globais e 30 por cento das mortes, tendências que têm sido observadas com preocupação por todo o mundo, mas em particular pelos países vizinhos.

As novas variantes do vírus SARS-CoV-2 continuaram a circular por todas as regiões do Globo nas últimas semanas, com particular incidência e dramatismo no Subcontinente Indiano onde o número de infetados e de mortes têm vindo a atingir máximos sucessivos e sem sinais de abrandamento, o que levou a OMS a classificar esta nova variante como “digna de preocupação global”, desconhecendo-se ainda como irá evoluir.

Com vista a preparar resposta adequada e em tempo útil a uma futura pandemia, um grupo de especialistas independentes, estabelecido pela OMS, estuda desde já a melhor metodologia a desenvolver para lidar com novos agentes patogénicos, potenciais ameaças para a humanidade no futuro. O extenso relatório preliminar apresentado pelo grupo esta semana, além de indicar o que falta fazer para parar a COVID-19, indica de que forma o mundo se deve preparar para enfrentar a próxima pandemia.

Assim, entre muitas outras recomendações, o grupo refere que os países com altos padrões de desenvolvimento que disponham de infraestruturas de desenvolvimento de vacinas para uma cobertura significativa das populações devem, em paralelo com o aumento da produção, comprometer-se a fornecer mais de 2 mil milhões de doses até meados de 2022 aos 92 países de baixo e médio rendimento, beneficiários do mecanismo de distribuição COVAX, sendo que pelo menos mil milhões devem ser entregues até setembro de 2021.

A iniciativa internacional COVAX, lançada pela OMS e outros organismos, objetivou a aquisição de um mínimo de 2 mil milhões de vacinas para a COVID-19 até ao final de 2021, para disponibilizar aos países com economias mais frágeis, que sem esta ajuda teriam muita dificuldade em obtê-las, e por essa via garantir a imunização contra o novo coronavírus de pelo menos 20 por cento da população mundial.

É também recomendado que, sob mediação da OMS, os países produtores de vacinas e os fabricantes devem unir-se para acordar o licenciamento voluntário e transferência de tecnologia para aumentar a produção e reduzir a escassez. Alvitram ainda que se nenhuma ação for tomada dentro de três meses, o levantamento dos direitos de propriedade intelectual deveria entrar em vigor imediatamente.

A nível de prevenção global para uma futura pandemia, o grupo de especialistas propõe a criação de um Conselho Mundial de Combate às Ameaças Sanitárias, cuja missão seria “manter o compromisso político de preparação e resposta às pandemias e a responsabilidade dos diferentes atores, em particular por meio de monitorização e controlo recíprocos".

É também referido que os países deveriam adotar uma Convenção nos próximos seis meses, sugerindo ao mesmo tempo a criação de um sistema de vigilância global baseado na transparência total, no sentido de proporcionar maior flexibilidade à ação da OMS e fortalecer a sua autoridade, o que só será possível através do incremento do financiamento dos seus Estados-Membros, tarefas que se apresentam difíceis.

Desde o primeiro alerta de Covid-19 em 31 de dezembro de 2019, cerca de 162 milhões de casos de infeção foram confirmados em todo o mundo e mais de 3,4 milhões pessoas morreram, de acordo com a OMS. A maioria dos países em todo o mundo fecharam as suas fronteiras, os serviços foram encerrados e restrições foram impostas com o objetivo de minorar o número de transmissões da doença e para aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde.

Uma saída sustentável da pandemia na UE depende dos progressos realizados a nível mundial, pois nenhum país ou região do mundo estarão seguros em relação à COVID-19 se a sua propagação não for contida a nível global. Nesse sentido a UE e o conjunto dos seus Estados-Membros lideram desde a primeira hora o investimento no Mecanismo Mundial COVAX, tendo definido uma abordagem coordenada para partilha de vacinas através de um mecanismo de partilha da EU, com o objetivo de ajudar os países parceiros a superar a atual pandemia.

Além do apoio que é dado pela UE aos parceiros com estratégias de vacinação, distribuição de suprimentos e aumento da capacidade local de fabrico de vacinas, a abordagem em matéria de partilha de vacinas contempla também ajuda aos países vizinhos e parceiros para ultrapassar a pandemia, contribuindo com um investimento superior a 2,2 mil milhões de euros, a que se juntam outras organizações mundiais de cariz humanitário e filantropo.

Sendo espectáveis novas mutações do vírus, quanto maior for a circulação maior oportunidade ele terá de sofrer nova mutação. Daí que a OMS recomende o uso dos meios de controlo de doenças estabelecidos e comprovados, como os prescritos no Plano Estratégico de Preparação e Resposta COVID-19 inicial, bem como se evite a sua introdução em populações animais, a fim de reduzir a ocorrência de novas mutações com sérias implicações na saúde pública.

Além disso, as autoridades nacionais e locais são também incentivadas a manter e fortalecer medidas de saúde pública para retardar ou impedir a propagação de doenças contagiosas como a COVID-19, bem como a fortalecer as capacidades de vigilância através do sequenciamento de informação local representativa da extensão das variantes do SARS-CoV-2, a fim de detetar eventos incomuns.

Na Europa a situação tem vindo a melhorar gradualmente, com a maioria dos países da UE a planear o fim gradual do confinamento e a abertura de fronteiras a curto prazo, porém com todos os cuidados, mantendo as medidas de higienização e distanciamento social em vigor. Neste contexto, Portugal destaca-se pela positiva tendo já iniciado a última fase de desconfinamento, aligeirando uma série de medidas conducentes à transição para uma normalidade pré-pandemia, que permita aos cidadãos, empresas e instituições, reiniciarem gradualmente as suas atividades, o que não invalida que tenha de se dar novo um passo atrás de novo, caso os indicadores da pandemia voltem a agravar-se.

Enquanto isso, a nível global o número de contaminações e de fatalidades continua a crescer. Porém, entre nós a situação parece estar controlada com o número de incidências a manter-se em níveis considerados aceitáveis, o Índice de Transmissibilidade (Rt) baixo e o número de mortes e internamentos a caírem para mínimos desde o início da pandemia, levando a Direção-Geral de Saúde (DGS), a priorizar a testagem e a vacinação massiva, agora que os lotes encomendados estão a chegar a um ritmo regular.

Focados na massificação da testagem, segundo o último relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS), foram recebidas até agora no País, 4 655 370 doses e administradas 4 171 038; destas, 2 980 170 pessoas receberam uma primeira dose e 1 120 138 a segunda dose, o que corresponde a cerca de 29% e 11 % da população, respetivamente, números que colocam Portugal nos lugares cimeiros do ranking de vacinação da UE. Segundo a DGS foram efetuados no País mais de 11 milhões de testes (PCR+ Antigénio)

Dados atualizados semanalmente pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), revelam que na EU/EEE (União Europeia e Espaço Económico Europeu) foram administradas mais de 210,8 milhões de primeiras doses da vacina COVID-19 em adultos maiores de 18 anos e cerca de 179,2 milhões de doses completas, correspondendo a 34,9% e 13,7% respetivamente da população dos 29 países incluídos no estudo, longe ainda de se atingir a meta de 70%, considerada necessária para se obter a imunidade de grupo. Estima-se que a imunidade de grupo ocorra quando um número suficiente de indivíduos está protegido contra uma determinada infeção e age como um escudo, evitando que o vírus atinja os que estão desprotegidos.

A tendência para manutenção em alta das taxas de contágio da pandemia, que ainda prevalece em alguns países da região europeia, não é replicada no nosso País, que mantém o índice de transmissibilidade (Rt) das últimas semanas a descer para um valor médio atual de 0,93 e com uma incidência de infeção nos últimos 14 dias de 51,0 casos por 100 mil habitantes.

A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, foi declarada pandemia pela OMS a 11 de março de 2020. Apesar dos esforços científicos e financeiros sem precedentes mobilizados a nível global para criar, com êxito, uma vacina eficaz que a neutralizasse, ainda há dúvidas sobre a capacidade de o vírus poder continuar a driblar a ciência com mais e novas variantes, como tem vindo a suceder desde o início.

Em Portugal, desde que seja considerada elegível e preencha as especificações clínicas aprovadas para cada vacina na UE, toda a população portuguesa poderá ser vacinada tendo, contudo, sido definidos previamente grupos prioritários considerados mais vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2. Assim, a estratégia de vacinação, suscetível de poder sofrer alterações em função do evoluir do conhecimento científico e de eventuais alterações que venham a ser aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), passa por 3 fases e obedece inicialmente aos seguintes critérios:

Primeira fase

A partir de dezembro de 2020:

- Profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes;

- Profissionais das forças armadas, segurança e serviços críticos;

- Profissionais e residentes em estruturas e residenciais para idosos e instituições similares;

- Profissionais e utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

A partir de fevereiro de 2021:

- Pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal (TFGe < 60ml/min), Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

- Pessoas com 80 ou mais anos de idade.

Segunda fase

A partir de abril de 2021:

- Pessoas de idade igual ou superior a 65 anos (sem vacinação anterior)

- Pessoas entre os 50 e 64 anos de idade, com pelo menos uma das seguintes doenças crónicas: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica (TFGe > 60ml/min), insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade, outras patologias a definir em função do conhecimento científico.

Terceira fase (em data a determinar após conclusão da segunda fase):

- Restante população elegível, que também poderá ser priorizada.

Entretanto, a fim de evitar atropelos, é pedido à população que aguarde a sua vez até ser contactada pelas autoridades de saúde. Para as pessoas incluídas na primeira fase, que tenham mais de 50 anos e doenças associadas ou mais de 80 anos, existe no portal da DGS, um simulador simples de usar onde poderão verificar se o seu nome consta da lista de prioridades.

Apesar de as medidas de confinamento adotadas em Portugal estarem a produzir os resultados esperados e o índice de transmissibilidade ser atualmente um dos mais baixos da UE, sendo notória a redução do número de fatalidades e internamentos hospitalares, é todavia, necessário andar com cautela, não baixar a guarda face às novas variantes do vírus, que continuam a propagar-se por várias regiões do Globo.

A estratégia atual do Ministério da Saúde passa pela testagem massiva da população em geral, através da utilização alargada de testes laboratoriais a todos os contactos, independentemente dos níveis de risco e com mais testes rápidos de antigénio, disponíveis para venda ao público em farmácia comunitária, rastreios regulares e testes generalizados em escolas e locais com grandes concentrações de pessoas.

Sequelas da pandemia

Ainda semi-confinados e sem data prevista para iniciar a recuperação económica, as medidas de afastamento originam perdas graves no rendimento das empresas e famílias e os apoios financeiros do estado mostram-se insuficientes para compensar as perdas de remuneração imediata e a ameaça de perda de emprego, medidas que são agravadas devido ao afastamento social com custos individuais muito elevados, principalmente quando significam a exclusão do núcleo familiar.

A pandemia por COVID-19 está a provocar importantes desafios às famílias e às sociedades, cujos efeitos já se fazem sentir e que certamente se irão repercutir e agravar no futuro e cuja dimensão ainda estamos longe de descortinar na totalidade, mas que já podemos antever face à vivência do nosso dia-a-dia após mais de um ano de confinamento, distanciamento social, isolamento e desconfiança mal disfarçada do nosso semelhante, além dos medos.

Estudos publicados por várias organizações de saúde internacionais, revelam que o impacto da pandemia por COVID-19 na saúde mental e no bem-estar da população em geral e dos profissionais de saúde em particular, devido às restrições e confinamento, são já muito nítidos, revelando sintomas de moderados a graves de ansiedade, depressão, stress pós-traumático e burnout entre outros, mas também resiliência em alguns casos.

No seio das famílias, começa a ser dramático o impacto que a pandemia está a exercer na economia doméstica, com as dificuldades financeiras decorrentes do desemprego e da perda de rendimentos, fatores potenciadores de perturbações nas relações familiares, especialmente em ambientes fechados, que os agravam, sendo demolidor para o desenvolvimento das crianças a todos os níveis.

Novos paradigmas

Jamais nos anais da história da humanidade se obtiveram resultados tão rapidamente no desenvolvimento de uma vacina para combater um vírus com as caraterísticas do SARS-CoV-2 e se mobilizaram tão vastos recursos. O novo vírus precisou somente de alguns meses para infetar milhões de pessoas por todo o mundo.

A urgência de uma vacina para imunizar a população, a fim de evitar um maior alastramento das infeções e, acima de tudo, um maior número de mortes, direcionou o foco dos cientistas para um método de investigação que ainda está a dar os primeiros passos, mas que se acredita possa vir a ser uma arma útil e eficaz contra a atual e futuras pandemias, além de doenças autoimunes: as vacinas mRNA e reforço do sistema imunitário.

Atualidade na Europa

Na generalidade dos países europeus tem-se observado nas últimas semanas um recuo nas taxas de mortalidade e de infeções por COVID-19, porém o surgimento de novas variantes a partir do subcontinente indiano, pode obrigar a novas medidas de contenção, para travar o alastramento do novo vírus que muitos referem ser a quarta vaga da pandemia.

Segundo o ECDC, que se baseia em dados fornecidos pelos Estados-Membros da UE à base de dados do Sistema Europeu de Vigilância (TESSy), na Europa continua a observar-se uma melhoria da situação, embora a níveis elevados, com mais de 45 891 240 contágios e 1 045 359 fatalidades desde o início da pandemia.

Na generalidade dos países europeus o número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), mostra uma tendência crescente de descida na última semana. Hungria (193,66), Croácia (147,36), Bulgária (147,02), Polónia (121,11), Grécia (95,35), Eslováquia (95,28), Roménia (78,79), Lituânia (67,28), República Checa (66,30), Itália (60,28).

Embora com tendência generalizada de descida, a maioria dos países da Europa, mantém um número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias) ainda elevado. Chipre (797,63), Lituânia (599,52), Holanda (565,33), Suécia (558,43), Croácia (535,00), Letónia (453,27), Eslovénia (429,99), França (414,50), Estónia (373,14), Bélgica (354,14).

Em Portugal, registaram-se nas últimas 24 horas mais 1 óbito, uma redução relativamente aos números das últimas semanas, tendo sido confirmados mais 436 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março último –, de 840 929 infetados, 801 961 recuperados e 16 999 vítimas mortais. Há ainda a registar 21 969 casos ativos da doença, 244 internamentos hospitalares e 70 casos críticos, que estão a ser acompanhados em UCI pelas autoridades de saúde.

Em tempos ainda de grande incerteza, com a maioria das fronteiras externas fechadas e as deslocações internas com algum condicionamento entre regiões, as pessoas que necessitam de se deslocar pelo interior do País são aconselhadas a consultar previamente a “Lista de Concelhos – nível de risco” na internet, onde estão listados todos os Concelhos, com a indicação dos respetivos níveis de risco atualizados semanalmente, a fim de evitar surpresas desagradáveis.

Dada a imprevisibilidade na evolução das várias estirpes da COVID-19, é necessário andar com cuidado, ter paciência e saber esperar, além de manter as demais regras de prevenção como o uso de máscaras, a higienização e a prática de distanciamento, entre outras recomendações da Direção-Geral da Saúde e que o bom senso aconselha, mesmo após a vacinação.

Logística da vacinação

O governo português tem asseguradas as doses de vacinas suficientes para vacinação da população (cerca de 31 milhões de doses), seguindo a estratégia predefinida de vacinação da população, incluindo o início da inoculação de 2ª dose nos grupos prioritários, segundo o plano nacional de vacinação estabelecido, ajustado aos meios e às condições existentes.

Para dar cumprimento a esse plano, a DGS mantém em funções uma comissão técnica, que “define e ajusta” os critérios em que a vacina contra a COVID-19 é aplicada no País, e uma “task force” que operacionaliza o processo. Os planos de vacinação divulgados nos primeiros dias de dezembro de 2020, estão desde essa data disponíveis para consulta no portal do SNS.

A COVID-19 a nível Global

De acordo com o site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 14 de maio de 2021, foram notificados em todo o mundo 161 871 415 casos de doença, incluindo 3 360 006 mortes e 140 738 627 recuperados, números que se continuam em crescimento, em particular a nível das fatalidades e mais recentemente também a nível dos contágios, o que pode prenunciar novas vagas da pandemia.

Na generalidade dos países europeus a situação tende a estabilizar, embora com um nível de contágios elevado, e o continente americano continua a ser o mais fustigado pela pandemia, com o número de infetados a ultrapassar 65 489 385, seguido da Europa, com um total 45 891 240 infetados, da Ásia com 45 716 025 casos reportados e de África também com um pequeno aumento para 4 708 637 pessoas. A Oceânia com 65 407 contaminados continua a ser o continente com menos casos registados.

covid 19, mapa mundo

A experiência de outras pandemias que eclodiram no passado, recomendam precaução absoluta pois, tal como outrora, a possibilidade de eclosão de novas vagas permanece à vista. A nova COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Decorridos mais de dezasseis meses após a primeira infeção detetada em humanos, a incerteza quanto ao evoluir da doença apesar de tudo mantém-se. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde e a de nossas famílias. Todos os cuidados são poucos!

Caracterização do Novo Vírus COVID-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).

O novo coronavírus (COVID-19) foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade de Wuhan, China, em final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia, sabendo-se que também possui capacidade de mutação em animais, como sucedeu no início entre as populações de martas nos Países Baixos, Dinamarca e Espanha, em julho de 2020.

Diferença entre epidemia e pandemia

A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada permanentemente pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuíveis à COVID-19. Não obstante os números mudarem a cada segundo, o quadro a seguir reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto possível.

Situação Mundial da Pandemia a 14 de MAIO, segundo a OMS:

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?

As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem e espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?

A COVID-19 afeta cada pessoa de forma diferente. A maioria das pessoas infetadas experimenta sintomas ligeiros a moderados da doença e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse seca
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular
– Cansaço anormal
– Dor muscular
– Perda de olfato ou paladar

Surto de doença, O que precisa saber?

Se já esteve em áreas afetadas pela COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com aquela doença e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:

– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.

– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.

– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção

– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.

– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.

– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.

– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.

– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1-2 metros de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

Linha de Apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

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