COVID-19: O QUE MUDOU E O QUE SE APRENDEU?

COVID-19: O QUE MUDOU E O QUE SE APRENDEU?

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Com o foco atualmente direcionado para outras preocupações mais urgentes, em parte causadas pela própria pandemia, pelas alterações climáticas e pelas consequências de uma guerra que parece afetar todo o mundo, ou estar na iminência disso, a grande maioria da população já passou para segundo plano a urgência da pandemia.

No entanto, de acordo com a última atualização epidemiológica sobre Covid-19 feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o registo de novos casos semanais de infeção a nível global, apesar de ter diminuído cerca de 6% em relação à última semana de setembro, ainda assim conta com mais 2,9 milhões de casos notificados e o número de novas mortes no mesmo período, embora também tenha caído cerca de 12%, correspondendo a 8 mil mortes, a situação mantêm-se algo preocupante, segundo as autoridades de saúde, devido à comprovada imprevisibilidade do vírus SARS-CoV-2 e suas variantes.

A nível global, mais de 629 milhões de casos de pessoas infetadas foram confirmados e cerca de 6,6 milhões morreram devido à pandemia, números que nos deveriam fazer refletir, independentemente do hercúleo esforço que foi feito pela humanidade numa tentativa de travar a propagação da doença, no sentido de encontrar soluções que nos permitam no futuro prevenir tão devastadoras pandemias.

A nível regional, das seis regiões estabelecidas pela OMS, somente na região europeia se verificou um incremento de 8% nos casos reportados da doença, embora se constate uma redução de 17% na mortalidade nos últimos sete dias, enquanto nas cinco restantes regiões o número de novas mortes continue a diminuir ou a permanecer estável.

Em Portugal, segundo o último relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS), a incidência de casos por Covid-19 durante a última semana manteve-se com tendência estável, bem como a ocupação hospitalar e a mortalidade, porém ainda se registaram cerca de 14,8 mil infeções e 45 mortes pelo coronavírus. Os dados revelados pelas autoridades sanitárias mostram que a incidência cumulativa a sete dias se situava em 144 casos por 100 mil habitantes, indicando uma incidência elevada, mas com tendência estável, enquanto o índice de transmissibilidade (Rt) apresentava um valor de 0,98 a nível nacional, embora em algumas regiões específicas se revele uma tendência crescente de novos contágios, com o indicador acima do limiar de 1 (um).

Perante estes indicadores, a DGS e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) continuam a aconselhar a monitorização da situação epidemiológica, a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população. Nunca é demais recordar, que desde que foram confirmados os primeiros contágios em Portugal a 3 de março de 2020, o país já registou mais de 5,5 milhões casos de infeção pelo vírus que provoca a covid-19, dos quais mais de 374 mil foram reinfeções, que perfazem um total de 6,8% do total de casos positivos.

Face à sua evolução, é chegada a altura de nos interrogarmos sobre o que mudou nas sociedades ao fim de quase três anos de pandemia e o que aprendemos com ela. Mudou desde já a perceção e a alteração de comportamentos a que fomos obrigados durante os dias mais difíceis da pandemia e que, por força do hábito, se irão manter no futuro, incluindo a perceção do risco de infeção em determinados contextos, a importância da higienização pessoal e dos espaços, além de uma maior valorização das pessoas que são importantes em nossas vidas, particularmente as mais idosas e as crianças.

Por força da necessidade de proteção e segurança, para se evitar a disseminação do vírus, deu-se a paralisação de grande parte das atividades presenciais, que migraram para o trabalho a partir de casa, alterando de forma significativa as rotinas e hábitos das pessoas e que muito provavelmente irão manter-se por tempo indeterminado.

Aprendemos a cuidar melhor da saúde mental, melhorámos a empatia e a capacidade de adaptação às novas condições de trabalho, aproveitando e vivendo o presente sem receio de correr riscos ao sairmos da nossa tradicional zona de conforto pela conquista de novas oportunidades e novos objetivos pessoais.

Ainda não podemos afirmar que chegámos ao fim da pandemia. Várias vezes anunciada essa possibilidade, na realidade o vírus SARS-CoV-2 tem-se mantido à frente de nossas melhores expectativas e previsões, contornando a eficácia das vacinas, transmutando-se sucessivamente e continuando a atingir as pessoas com sistemas imunitários mais fragilizados.

Contudo, é já possível vislumbrar algumas das transformações que irá provocar em quase todos os sectores das sociedades, algumas delas com potencial para acelerar a disrupção civilizacional, algo que a teoria da inovação nos revela através da crença de que a inovação e a contante destruição constituem os pilares do sistema capitalista, responsável pelo crescimento e desenvolvimento económico em que vivemos.

A crise provocada pela pandemia irá deixar marcas profundas na sociedade. O elevado número de mortes, a brutal realidade das famílias devastadas, o isolamento e a solidão dos mais vulneráveis vão marcar por muitos anos a memória coletiva. Assim como a primeira guerra mundial e a gripe pneumónica forjaram a base para criação dos sistemas públicos de saúde, e o pós-segunda Grande Guerra abriu caminho ao estado Social, também a crise por Coronavírus acarretará mudanças estruturais nos aparelhos de Estado e na forma como os cidadãos com ele se relacionam.

A transição e emergência digital já em curso na pré-pandemia irá acelerar após esta turbulência, tornando a sociedade muito mais digital à medida que o mundo virtual se assume como alternativa à disrupção do mundo físico, o que já acontece, parcial ou inteiramente, com uma boa parte de empresas que antes se consideravam absolutamente dependentes da presença física dos seus colaboradores, o que faz com que a relação das pessoas com o espaço jamais volte a ser a mesma.

Ainda não há evidência clara sobre se a pandemia por Covid-19 veio para ficar ou não. As perspetivas de curto prazo revelam-se otimistas, mas algumas medidas preventivas continuam a ser implementadas nesta que parece ser a reta final, designadamente: autorização de doses de reforço de vacinas bivalentes adaptadas visando as subvariantes da Ómicron, além da estirpe original do SARS-CoV-2, para a população adulta mais fragilizada na maioria dos países; autorização de medicamentos antivirais para o potencial tratamento em ambulatório de infeções precoces; continuidade dos trabalhos de investigação no sentido de reforçar a eficácia vacinal e a eficiência dos fármacos antivirais, em paralelo com as medidas de saúde pública, que possam prevenir o surgimento de novas variantes.

Eventual transição para uma endemia

A maioria dos especialistas tem vindo a referir que o trajeto descendente de transição da pandemia para uma endemia, ou mesmo para o seu fim, já teve início. Contudo, ainda se pesquisam as causas da designada Covid longa, uma sintomatologia que persiste depois de o paciente ter recuperado da doença, sintomas que até recentemente pacientes com sinais persistentes de Covid-19 diziam ter a impressão de que os seus médicos não os levavam a sério, mas que observações levadas a cabo durante mais de dois anos, os levou a mudar de opinião rapidamente.

Envolta em dúvidas entre médicos e pacientes que foram infetados pelo SARS-CoV-2, a nova condição Covid longa, revela os mesmos sintomas debilitantes da infeção original, que não param após o vírus ter abandonado o organismo e que se caraterizam por dificuldades respiratórias, fadiga extrema e dores no peito, que podem persistir durante meses, constituindo um enorme desafio no dia-a-dia e para um completo regresso à normalidade.

Estudos sobre a Covid longa, que a OMS classifica de “imprevisível e debilitante”, levados a cabo por cientistas de um conjunto alargado de Universidades de vários países, já identificaram mais de duas centenas de sintomas disseminados pelos vários sistemas do organismo, com destaque para a fadiga, dores no peito e nas articulações, perda de olfato, tosse e febre persistentes e problemas de perda de memória e de concentração.

Essas pesquisas têm vindo também a evidenciar como certos fatores podem aumentar o risco de desenvolver sequelas de longo prazo, mas ainda não são suficientes para poder prever quais os pacientes que correm risco, nem porque alguns não contraem a doença. Estudos recentes, revelam que os pacientes com Covid longa têm também mais hipóteses de desenvolver doenças mais graves como por exemplo a miocardite, uma inflamação do tecido muscular do coração, que causa a morte do tecido.

Mesmo considerando um cenário otimista, continua a ser necessário manter uma permanente vigilância e manutenção de cuidados preventivos, como distanciamento físico, higienização e ventilação dos espaços em ambientes fechados, até que possamos vencer esta maratona e regressar finalmente a uma vida normal e plena.

Vacinação

Apesar das recomendações reiteradas da OMS desde o início da pandemia, acerca da necessidade de uma postura ética e de equidade na distribuição das vacinas por todos os países e regiões do mundo, não foi possível até hoje atingir os objetivos delineados por aquela organização, daí a existência de alguma heterogeneidade da situação epidemiológica que ainda se verifica entre países e regiões.

Apesar disso, a eficácia vacinal e de testagem, resultou numa redução significativa no número de contaminados e de mortes na generalidade dos países. Segundo o ourworldindata.org da Universidade de Oxford, 63,7% da população mundial recebeu pelo menos uma dose da vacina para a Covid-19, tendo já sido administradas 12,8 mil milhões de doses a nível Global e 4,96 milhões ainda são administradas por dia atualmente, números que se aproximam dos objetivos inicialmente delineados pela OMS.

Saúde mental

Como já referido, não existem hoje dúvidas de que a resposta à Covid-19 impôs novos formatos de vida, quer no plano individual quer em sociedade, que irão perdurar no futuro. À pandemia sucedeu-se rapidamente uma crise económica, a perspetiva de uma nova pandemia e uma guerra com efeitos imprevisíveis, com todas as suas consequências “invisíveis”, porém percetíveis, na saúde mental das populações.

A avaliação do impacto psicológico do confinamento e autoisolamento das populações, as consequências ligadas ao desemprego, às dificuldades económicas e à exclusão social que afetam a humanidade, de uma ou outra forma ainda estão longe de poder ser feitas, mas já parecem eternizar-se.

A saúde mental e o bem-estar devem ser entendidos como direitos humanos fundamentais e os países devem repensar novos modelos de acesso aos cuidados no setor. Entre as recomendações da OMS para esta área, estão o reforço dos serviços de saúde mental, a melhoria do acesso aos cuidados por via digital, o incremento dos serviços de apoio psicológico nas escolas, universidades, locais de trabalho e em particular para os profissionais que estiveram ou ainda se mantêm na primeira linha do combate à pandemia.

Componente-chave da saúde humana, a saúde mental requer ação imediata dos governos. Transtornos mentais e comportamentais, que já antes da pandemia eram considerados os grandes males do século 21, face à ocorrência da pandemia por SARS-CoV-2 o cenário agravou-se consideravelmente, em particular nas relações do trabalho, havendo necessidade de alertar e educar empregadores e empregados no que respeita aos riscos que doenças como depressão e ansiedade podem provocar, a fim de se tentar atenuar os seus efeitos.

Os cuidados com o bem-estar psíquico devem ser levados a sério, pois se assim não for, quando debelarmos esta pandemia teremos forçosamente de enfrentar outra – uma pandemia de saúde mental.

Certificado Digital Covid-19 da UE

Os vírus não conhecem fronteiras! O certificado digital continua a ser uma ferramenta importante para travar a disseminação do vírus, em particular entre quem viaja entre países ou regiões. Com praticamente todos os países a desconfinar e a renunciarem à quarentena para os cidadãos que possuam um certificado digital de vacinação, continua a ser necessário proteger as fronteiras e impedir a propagação do SARS-CoV-2.

O certificado Digital Covid-19 da UE, em vigor desde o dia 1 de julho de 2021, foi criado com o objetivo de facilitar a livre circulação dos cidadãos entre os Estados-Membros da UE, para tentar salvar a economia. Para uma abordagem comum das medidas a adotar sobre viagens, os países acordaram então, estabelecer critérios uniformes de mapeamento das zonas de risco, através do uso de quatro cores identificativas num quadro-matriz de fácil e intuitiva interpretação, que se mantém em vigor.

Zona vermelho-escura: risco muito alto (mais de 500 casos por 100 mil pessoas); zona vermelha (entre 50 e 500 pessoas e teste positivo igual a 4% ou mais); laranja (menos de 50 casos por 100 mil pessoas e teste positivo igual a 4% ou mais); zona verde (menos de 25 casos por 100 mil pessoas e teste positivo inferior a 4%).

O Certificado Digital Covid-19 da UE, continua disponível em formato digital e em papel, tem de ser renovado a cada seis meses e serve para comprovar que o seu portador foi vacinado contra a Covid-19, recebeu um resultado negativo do teste ou recuperou de uma infeção Covid-19. Por proposta da Comissão Europeia (CE) a sua validade foi prorrogada até 30 de junho de 2023.

Perspetivas

Uma saída sustentável da pandemia na UE ou em qualquer outra região do mundo, depende dos progressos realizados a nível mundial, já que nenhum país ou região estarão seguros em relação à Covid-19 ou a outra qualquer pandemia, enquanto persistirem focos de infeção e a sua propagação não for contida a nível Global.

Em resposta à predominância da Ómicron na UE/EEE, a ECDC recomenda que se mantenha a adesão geral à vacinação com as novas vacinas adaptadas, incluindo a administração de doses de reforço, especialmente entre a população mais idosa e em risco, como forma de obter proteção contra o risco de hospitalização e mortes. Além de proteção, as vacinas proporcionam benefícios adicionais de longo prazo para o indivíduo e sociedade, prevenindo o absentismo no trabalho ou educação, bem como a síndrome pós-Covid-19 aguda.

Apesar de termos entrado numa nova fase da pandemia, que nos tem permitido uma gestão mais sustentável dos seus efeitos, é importante observar que o SARS-CoV-2 ainda pode vir a causar, esporadicamente, alguns níveis de tensão nos sistemas de saúde e levar a grandes surtos, sendo por isso essencial implementar e manter estratégias de vigilância e preparação de resposta a vários níveis para lidar com a situação, em particular durante as estações de outono/inverno. Temos a meta à vista e por isso vale a pena um esforço suplementar, para evitarmos correr mais riscos.

A Covid-19 a nível Global e Nacional

Informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 14 de outubro de 2022, foram notificados 629 034 900 casos de doença, incluindo 6 568 529 mortes e mais de 608 121 376 recuperados, sendo de referir que alguns países deixaram de notificar o número de recuperados.

Em números absolutos o continente europeu continua a liderar, com o número de infetados a ultrapassar 230 988 182 casos reportados, seguido da Ásia com um total de 191 555 940, das Américas com 181 348 831 infetados e de África também com um ligeiro aumento para 12 657 383 pessoas. A Oceânia com 12 483 843 contaminados continua a ser o continente com menos casos registados.

Em Portugal, de acordo com o site ourworldindata.org, verifica-se uma tendência consistente de descida no número de óbitos devido à Covid-19 nas últimas duas semanas, registando-se atualmente uma média diária de 0,60 mortes por milhão de habitantes em sete dias.

No mesmo período em análise, o número de novos casos diários de infeção por COVID-19 confirmados, por milhão de habitantes, em sete dias foi de 98,96 casos. Cumulativamente, desde que a pandemia foi detetada no país no início de Março de 2020, foram registadas 25 119 vítimas mortais (2 441 por milhão de habitantes) e 5 506 988 infetados (543,07 por milhão de habitantes).

 

covid 19, mapa mundo

 

Apesar de tudo indicar estarmos a aproximar-nos do fim da pandemia, a experiência com outras que ocorreram no passado recomenda precaução pois, tal como outrora, a possibilidade de eclosão inesperada de novas vagas, particularmente nestes tempos atípicos e instáveis permanece em aberto. A grande diferença, contudo, é que hoje possuímos o conhecimento e vacinas eficazes para o seu combate, ainda que venha a permanecer entre nós como uma nova endemia com a qual teremos de aprender a conviver.

Caracterização do Vírus Covid-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA (ácido ribonucleico), que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como uma doença mais grave, como a síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) e a atual Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS-CoV-2).

O novo coronavírus (Covid-19) foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade de Wuhan, China, no final de Dezembro de 2019 e alastrou rapidamente para outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo dado origem à atual pandemia. Muito embora a sua origem continue desconhecida, sabe-se que também possui capacidade de mutação em animais.

Epidemia vs pandemia

A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia provocada por uma doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de obtenção de dados

A atual situação epidémica continua a ser acompanhada em permanência pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais e Nacionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença, bem como o número de mortes diretamente atribuíveis à Covid-19. Não obstante os números poderem serem alterados a todo o momento, o quadro seguinte reflete os últimos dados conhecidos, e tem por objetivo mostrar uma panorâmica a nível Global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, o mais realista quanto possível.

Situação Mundial da Pandemia a 14 de OUTUBRO de 2022, segundo a OMS:

 

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

 

RECOMENDAÇÕES GERAIS DA ECDC

Como se dissemina a Covid-19?

As pessoas podem ser infetadas pelo SARS-CoV-2 através de outras, portadoras do vírus, inalando pequenas gotículas infetadas, ao tossirem e espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os principais sintomas da doença?

A Covid-19 afeta cada pessoa de forma diferente. A maioria das pessoas infetadas experimenta sintomas ligeiros a moderados da doença e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas mais comuns incluem uma combinação de febre, tosse seca, cansaço inusual e perda de olfato ou paladar; os menos comuns incluem uma combinação de dores de garganta, dor de cabeça, tensão e dores musculares, diarreia, irritações na pele ou descoloração dos dedos das mãos e dos pés e irritação ou vermelhidão ocular.

As mais recentes subvariantes BA.4 e BA.5 da Ómicron, em circulação e prevalentes na maioria dos países, provocam sintomas ligeiramente diferentes das linhagens anteriores, mais leves e silenciosos, que podem ser confundidos com uma vulgar constipação. Contudo trata-se de Covid-19 e não deixa de ser preocupante, pois além de serem mais contagiosas, podem igualmente causar doença grave e morte.

Surto de doença, O que precisa saber?

Para quem já esteve em áreas afetadas pela Covid-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada e se, no espaço de 5 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar e dores de cabeça, sem motivo aparente:

- Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.

- Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.

- Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção

- Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.

- Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.

- Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.

- Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.

- Pratique o distanciamento social, mantendo-se pelo menos a 2 metros de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

- Mantenha os espaços arejados.

 

Linha de Apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

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