COVID-19: NÃO HÁ TRÉGUAS
SOCIEDADE E SAÚDE
Tupam Editores
Os últimos dados publicados pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), revelam que a situação pandémica no espaço europeu permanece preocupante, com os valores absolutos dos indicadores a manterem-se em níveis elevados, sugerindo que a transmissão ainda é generalizada.
A maioria dos países continua a relatar aumentos nas taxas de notificação de ocorrências, seja de novas notificações de casos seja de positividade de testes. Nos grupos de idade mais avançada, as notificações de novos casos aumentaram em oito países, em catorze há relatos de um aumento nas admissões em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) ou internamento hospitalar devido à COVID-19 e nove países relataram um aumento nas taxas de mortalidade.
Face a este panorama, com a transmissão generalizada do vírus na UE, é possível que nas próximas semanas ocorram novos aumentos nas admissões hospitalares, internamentos em UCI e mortalidade, nos países onde se observam crescentes aumentos das taxas de notificação de casos, sendo por isso importante não relaxar nas medidas de prevenção, mantendo as medidas de saúde pública e de distanciamento físico recomendadas.
A nível global, os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), referentes à última atualização epidemiológica semanal, revelam um novo e preocupante agravamento de casos confirmados de contágio por COVID-19 a nível global, pela quinta semana consecutiva, com cerca de 3,8 milhões de novos casos relatados na última semana.
A nível de fatalidades, com exceção da Região Africana, em todas as regiões do globo foram reportados aumentos no número de mortes pela segunda semana consecutiva, com um acréscimo de mais 64 mil novos óbitos registados na semana anterior.
Saliente-se ainda que a Região Europeia e a Região Americana continuam a ser responsáveis por cerca de 80 por cento do total de novos caos de contágio e mortes.
Contrariando a tendência na generalidade dos países a nível mundial, Portugal mantém-se na zona verde da matriz de risco estabelecida pelas Autoridades de Saúde para o país, de forma consistente ao longo das últimas semanas, consequência das medidas de confinamento adotadas, nomeadamente com o encerramento de fronteiras.
Os vírus mudam constantemente por meio de mutações. Uma variante tem uma ou mais mutações que a diferenciam de outras em circulação e, como esperado, múltiplas variantes do SARS-CoV-2 foram identificadas a nível global durante a atual pandemia, por vezes com diferentes caraterísticas consoante as regiões.
Para obter a informação necessária à investigação de surtos locais e entender as tendências nacionais e regionais, os cientistas comparam e estudam as diferenças genéticas entre os vírus a fim de identificar novas variantes e determinar o mais rapidamente possível a forma como se relacionam entre si.
Assim, a fim de melhorar e agilizar a coordenação entre as principais Agências e Organismos de Saúde Europeus e dos EUA, foi criado recentemente um Grupo Interagências SARS-CoV-2 (SIG), e estabelecidos protocolos interativos focados na caraterização rápida de variantes emergentes do vírus e monitorizando ativamente o seu potencial impacto nas contramedidas críticas do SARS-CoV-2, incluindo vacinas, terapêuticas e diagnósticos.
Em colaboração com o SIG, o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), estabeleceu um esquema de classificação para variantes do SARS-CoV-2, que incluem definições e atributos dessas variantes (com interesse, preocupantes, consequências elevadas), bem como ações de saúde pública necessárias para o seu acompanhamento e controlo.
Entretanto, ultrapassados alguns dos problemas de logística e produção iniciais, as campanhas de vacinação avançam em todo o mundo, tendo sido administradas até agora a nível global mais de 578 milhões de doses, estando já totalmente vacinadas cerca de 129 milhões de pessoas, esperando-se que com a aprovação e introdução no mercado de novas vacinas, o processo de inoculação avance a um ritmo mais elevado, devido principalmente à introdução de vacinas de toma única e à total normalização das entregas pelos fabricantes.
A humanidade mantém o seu foco na eficácia das vacinas, nas quais deposita toda a esperança, mas nem tudo tem corrido como esperado e sobretudo como anunciado. Dificuldades várias, desde a capacidade de produção à distribuição e aos problemas inerentes à urgência em encontrar uma solução, como a testagem e comprovação de efeitos colaterais em alguns lotes já aprovados pelos Reguladores, acrescidas da desinformação promovida pelos movimentos antivacina disseminada pelas redes sociais, têm contribuído para criar algum sentimento de desconfiança, em particular entre as populações mais idosas, que urge ultrapassar.
Cerca de três meses após o início das campanhas de vacinação da COVID-19, começam a ser reportadas as primeiras reações adversas a alguns lotes de vacinas aprovadas, sinalizando efeitos não detetados durante a realização dos ensaios clínicos. É comum que ao longo do tempo de utilização de qualquer medicamento colocado no mercado, após a aprovação oficial, possam surgir ocorrências médicas nefastas que podem não ser necessariamente causadas por esse medicamento, mas que obrigam a ajustamentos nas recomendações de utilização ao longo do tempo.
A tendência de agravamento da pandemia que se verifica na Região Europeia não é replicada no nosso País, que mantém um índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 mais baixos da União Europeia (EU), com um valor médio estimado de 0,94 nas últimas duas semanas, e com uma incidência de 65,3 casos de infeção por 100 mil habitantes.
Considerando as baias-limite anunciadas pelo governo para condicionar a reabertura do país, estabelecidas em “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o Rt ultrapasse o valor de 1, alguns especialistas começam a reclamar uma maior abertura do País a partir do período da Páscoa.
A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, foi declarada pandemia pela OMS a 11 de março de 2020. Apesar dos esforços científicos e financeiros sem precedentes mobilizados a nível global para criar, com êxito, uma vacina eficaz que a neutralizasse, ainda há dúvidas sobre se o vírus não poderá continuar a driblar a ciência com mais e novas variantes, como tem vindo a suceder desde o início.
As autoridades de saúde adiantam que a partir do início do segundo trimestre, o nosso País deverá receber o número de lotes de vacinas contratadas suficientes para permitir que o plano de vacinação avance mais rapidamente, abrangendo toda a população.
Apesar de algumas contrariedades, o último relatório de vacinação da Direção-Geral de Saúde (DGS), revela que já foram recebidas em Portugal 1 883 850 doses de vacinas contra a COVID-19 com as quais foram inoculadas 1 753 999 pessoas, sendo 1 196 971 com uma primeira dose e 494 521 com a vacinação completa (2 doses), o que equivale respetivamente a 12% e 5% da população que está previsto ser vacinada.
Desde que seja considerada elegível e preencha as especificações clínicas aprovadas para cada vacina na UE, toda a população portuguesa poderá ser vacinada tendo, contudo, sido definidos previamente grupos prioritários considerados mais vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2. Assim, a estratégia de vacinação, suscetível de poder sofrer alterações em função do evoluir do conhecimento científico e de eventuais alterações que venham a ser aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), passa por 3 fases e obedece inicialmente aos seguintes critérios:
Primeira fase
A partir de dezembro de 2020:
- Profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes;
- Profissionais das forças armadas, segurança e serviços críticos;
- Profissionais e residentes em estruturas e residenciais para idosos e instituições similares;
- Profissionais e utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
A partir de fevereiro de 2021:
- Pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal (TFGe < 60ml/min), Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.
- Pessoas com 80 ou mais anos de idade.
Segunda fase
A partir de abril de 2021:
- Pessoas de idade igual ou superior a 65 anos (sem vacinação anterior)
- Pessoas entre os 50 e 64 anos de idade, com pelo menos uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica (TFGe > 60ml/min), insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade, outras patologias a definir em função do conhecimento científico.
Terceira fase (em data a determinar após conclusão da segunda fase):
- Restante população elegível, que também poderá ser priorizada.
Entretanto, a fim de evitar atropelos, é pedido à população que aguarde a sua vez até ser contactada pelas autoridades de saúde. Para as pessoas incluídas na primeira fase, que tenham mais de 50 anos e doenças associadas ou mais de 80 anos, existe no portal da DGS, um simulador simples de usar onde poderão verificar se o seu nome consta da lista de prioridades.
Apesar das medidas de confinamento adotadas e em vigor até ao dia 15 de abril estarem a produzir os resultados esperados e o índice de transmissibilidade (Rt) ser atualmente um dos mais baixos da UE, sendo notória a redução de novos casos diários e o número de fatalidades é, todavia, necessário andar com cautela, não baixar a guarda face às novas variantes do vírus, que continuam a instalar-se em vários países europeus.
A estratégia atual do Ministério da Saúde passa pela testagem massiva dos casos suspeitos, através da utilização alargada de testes laboratoriais a todos os contactos, independentemente dos níveis de risco, com mais testes rápidos de antigénio, já autorizados para venda ao público em farmácia comunitária, rastreios regulares e testes generalizados em escolas.
A nível global, o número de pessoas infetadas está prestes a atingir os 130 milhões e o número de mortes já ultrapassou os 2,8 milhões, com o número de casos diários ativos também a crescer em particular na Europa, américas e subcontinente asiático, com novas estirpes a serem identificadas e em circulação em vários países, facto para o qual o diretor da OMS Tedros Adhanom tem vindo a alertar nas conferências semanais, recomendando precaução aos governos de todo o mundo.
Ainda sem à vista, negros são os dias que se abateram sobre o planeta. A cumprir o 14o estado de emergência, Portugal mantém as restrições que incluem o encerramento de praticamente todo o comércio não essencial e o “dever de recolhimento obrigatório” para todos os cidadãos, com medidas algo musculadas, mas que em termos de saúde pública têm vindo a resultar.
Sequelas da pandemia
Ainda confinados e sem data prevista para iniciar a recuperação económica, as medidas de afastamento originam perdas graves no rendimento das empresas e famílias e os apoios financeiros do estado mostram-se insuficientes para compensar as perdas de remuneração imediata e a ameaça de perda de emprego, medidas que são agravadas devido ao afastamento social com custos individuais muito elevados, principalmente quando significam a exclusão do núcleo familiar.
A pandemia por COVID-19 está a provocar importantes desafios às famílias e às sociedades, cujos efeitos já se fazem sentir e que certamente se irão repercutir e agravar no futuro, cuja dimensão ainda estamos longe de descortinar na sua totalidade, mas que já podemos antever face à vivência do nosso dia-a-dia após um ano de confinamento, distanciamento social, isolamento e desconfiança mal disfarçada do nosso semelhante, além dos medos.
Estudos publicados por várias organizações de saúde internacionais, revelam que o impacto da pandemia por COVID-19 na saúde mental e no bem-estar da população em geral e dos profissionais de saúde em particular, devido às restrições e confinamento, são já muito nítidos, revelando sintomas de moderados a graves de ansiedade, depressão, stress pós-traumático e burnout entre outros, mas também resiliência em alguns casos.
No seio das famílias em particular, começa a ser dramático o impacto que a pandemia está a exercer na economia doméstica, com as dificuldades financeiras decorrentes do desemprego e da perda de rendimentos, fatores potenciadores de perturbações nas relações familiares especialmente em ambientes fechados, que os agrava, sendo demolidor para o desenvolvimento das crianças a todos os níveis.
Novos paradigmas
Desde que a OMS declarou o estado de pandemia a 11 de março de 2020, embora se tenham dado passos gigantescos para travar o seu avanço e minimizar os seus efeitos, na realidade a COVID-19 continua entre nós, transmutando-se continuamente, mantendo-se à frente da ciência, sem dar tréguas a investigadores e aos incansáveis profissionais de saúde e cuidadores, por todo o planeta.
Apesar dos programas de vacinação implementados por todo o mundo, com as vacinas disponíveis já aprovadas pelas principais Entidades Reguladoras mundiais, ainda ninguém nos pode dar garantias dos prazos de imunização e sequer indicar as eventuais sequelas a médio e longo prazos.
Jamais nos anais da história da humanidade se obtiveram resultados tão rapidamente no desenvolvimento de uma vacina para combater um vírus com as caraterísticas do SARS-CoV-2 e se mobilizaram tão vastos recursos. O novo vírus precisou somente de alguns meses para infetar milhões de pessoas por todo o mundo. A urgência de uma vacina para imunizar a população, a fim de evitar um maior alastramento das infeções e, acima de tudo, um maior número de mortes, direcionou o foco dos cientistas para um método de investigação que ainda está a dar os primeiros passos, mas que se acredita possa vir a ser uma arma útil e eficaz contra a atual e futuras pandemias, além de doenças autoimunes: as vacinas mRNA e reforço do sistema imunitário.
Atualidade na Europa
Na generalidade dos países europeus, as últimas semanas têm revelado que o vírus se mantém com tendência para novo crescimento e surgimento de novas variantes, em patamares muito elevados e com crescentes taxas de mortalidade, o que obriga os países afetados a executar algumas políticas de geometria variável e a manter o confinamento e fronteiras encerradas, numa tentativa para travar a propagação do vírus que muitos já revelam ser a terceira vaga da pandemia.
Segundo o ECDC, que se baseia em dados fornecidos pelos Estados-Membros da UE à base de dados do Sistema Europeu de Vigilância (TESSy), na Europa observa-se um novo agravamento da situação, com mais de 39 704 864 contágios e 915 224 fatalidades desde o início da pandemia.
Na generalidade dos países europeus o número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), continuou a agravar-se na última semana. República Checa (273.8), Hungria (252.11), Eslováquia (216.75), Bulgária (202.12), Polónia (106.64), Estónia (97.82), Luxemburgo (89.44), Itália (86.47), Malta (75.79), Letónia (68.67).
Com raras exceções, a maioria dos países da Europa, mantém um número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias), muito elevado. Estónia (1520.79), República Checa (1328.25), Hungria (1145.70), Polónia (716.70), Bulgária (620.23), Chipre (601.35), Suécia (597.10), Malta (586.32), França (562.05), Itália (517.91).
Apesar das dificuldades inerentes ao gigantismo da operação, com a entrada no mercado de novas marcas de vacinas no 2o trimestre de 2021 e a normalização nas entregas das atuais, parece haver boas razões para acreditar que com a distribuição massiva das “vacinas salvadoras”, se concretizem as melhores previsões da comunidade científica mundial para travar o avanço da COVID-19 até ao próximo outono/inverno, assim consigamos antecipar-nos para travar as novas variantes do vírus.
Nas últimas 24 horas registaram-se em Portugal mais 3 óbitos, uma grande redução relativamente aos números da semana anterior, tendo sido confirmados mais 617 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março último –, de 821 722 infetados, 778 210 recuperados e 16 848 vítimas mortais. Há ainda a registar 26 664 casos ativos da doença, 558 internamentos hospitalares e 127 casos críticos, que estão a ser acompanhados em UCI pelas autoridades de saúde.
Em tempos de grande incerteza, com fronteiras externas fechadas pelo menos até final do período da Páscoa de 2021, e as deslocações internas condicionadas entre concelhos, as pessoas que necessitem de se deslocar pelo País são aconselhadas a consultar previamente a “Lista de Concelhos – nível de risco” na internet, onde estão listados todos os Concelhos, com a indicação dos respetivos níveis de risco, a fim de evitar surpresas desagradáveis.
Dada a imprevisibilidade na evolução das várias estirpes da COVID-19, é necessário andar com cuidado, ter paciência e saber esperar, além de manter as demais regras de prevenção como o uso de máscaras, a higienização e a prática de distanciamento, entre outras recomendações da Direção-Geral da Saúde e que o bom senso aconselha, mesmo após a vacinação.
Planeamento e Logística da vacinação
O governo português tem asseguradas as doses de vacinas necessárias para vacinação da população (cerca de 31 milhões de doses), seguindo a estratégia predefinida de vacinação da população, incluindo o início da inoculação de 2ª dose nos grupos prioritários, segundo o plano nacional de vacinação estabelecido, ajustado em função das entregas que forem sendo feitas.
A Direção-Geral da Saúde mantém em funções uma comissão técnica, que “define e ajusta” os critérios em que a vacina contra a COVID-19 é aplicada no País, e uma “task force” que operacionaliza o processo. Os planos de vacinação divulgados nos primeiros dias de dezembro de 2020, estão desde essa data disponíveis para consulta no portal do SNS.
A COVID-19 a nível Global
De acordo com o site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 01 de abril de 2021, foram notificados em todo o mundo 129 625 649 casos de doença, incluindo 2 830 882 mortes e 104 516 910 recuperados, números que se mantêm em crescimento, em particular a nível das fatalidades e mais recentemente também a nível dos contágios, o que pode prenunciar uma terceira vaga da pandemia.
Na generalidade dos países europeus a situação mantém-se preocupante, com um nível elevado de contaminações, e o continente americano continua a ser o mais fustigado pela pandemia, com o número de infetados a ultrapassar 57 055 183, seguido da Europa, com um total 39 724 251 infetados, seguidos da Ásia com 28 535 570 casos reportados e de África também com um pequeno aumento para 4 252 738 pessoas. A Oceânia com 57 186 contaminados continua a ser o continente com menos casos registados e sem mortes recentes a registar.
A experiência de outras pandemias que eclodiram no passado, recomendam precaução absoluta pois, tal como outrora, a hipótese de eclosão de uma nova vaga parece estar à vista. A nova COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Decorrido mais de um ano após a primeira infeção detetada em humanos, a incerteza quanto ao evoluir da doença apesar de tudo mantém-se. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde e a de nossas famílias. Todos os cuidados são poucos!
Caracterização do Novo Vírus COVID-19
Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).
O novo coronavírus (COVID-19) foi identificado pela primeira vez em humanos, na cidade de Wuhan, China, em final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia, sabendo-se que também possui capacidade de mutação em animais, como sucedeu entre as populações de martas nos Países Baixos, Dinamarca e Espanha, em julho de 2020.
Diferença entre epidemia e pandemia
A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.
Metodologia de atualização de dados
A atual situação epidémica é acompanhada diariamente pela OMS, FDA, ECDC, EMA, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuíveis à COVID-19. Não obstante os números mudarem a cada segundo, o quadro a seguir reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto possível.
Situação Mundial da Pandemia 01 de ABRIL, segundo a OMS:
RECOMENDAÇÕES DA ECDC
Como se espalha o COVID-19?
As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem e espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.
Quais são os sintomas da doença?
A COVID-19 afeta cada pessoa de forma diferente. A maioria das pessoas infetadas experimenta sintomas ligeiros a moderados da doença e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse seca
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular
– Cansaço anormal
– Dor muscular
– Perda de olfato ou paladar
Surto de doença, O que precisa saber?
Se já esteve em áreas afetadas pela COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com aquela doença e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:
– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.
– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.
– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.
Como pode proteger-se e aos outros da infeção
– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.
– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.
– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.
– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1-2 metros de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.
Linha de Apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24
ARTIGO
Autor:
Tupam Editores
Última revisão:
10 de Abril de 2024
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