Os resultados de um estudo recente que pretendeu compreender melhor os fatores modificáveis, como a atividade física, que podem afetar a capacidade de uma mulher conceber uma criança, sugerem que a caminhada pode ajudar as mulheres a melhorar as suas hipóteses de engravidar. O estudo foi realizado pela Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos.

De acordo com os investigadores, uma das principais descobertas foi que “não havia uma relação geral entre a maioria dos tipos de atividade física e a probabilidade de engravidar de mulheres que já tiveram uma ou duas perdas de gravidez, exceto andar, o que foi associado a maior probabilidade de engravidar de mulheres com sobrepeso ou obesas".

"O estilo de vida é definitivamente relevante para esses resultados porque pode ter um efeito ao nível molecular. O que comemos e o que fazemos são fatores potenciais que podemos mudar para moldar a nossa saúde. Portanto, este tipo de pesquisa é importante porque ajuda a fornecer informações sobre as coisas que as pessoas realmente podem fazer", esclareceram os especialistas.

Para as 1 214 mulheres avaliadas no estudo, a associação de andar com a capacidade de engravidar (fecundabilidade) variou significativamente de acordo com o índice de massa corporal, relataram os autores.

Entre as mulheres com sobrepeso/obesidade, caminhar pelo menos dez minutos de cada vez foi associado a uma melhoria na fecundabilidade. Além disso, em modelos estatisticamente ajustados, as mulheres que relataram mais de quatro horas por semana de atividade vigorosa tiveram probabilidades de gravidez significativamente maiores, em comparação com aquelas sem atividade vigorosa.

Apesar dos resultados, os investigadores observam que a generalização geral deste trabalho é limitada porque a população do estudo pode não ser representativa da população geral na que se refere à taxa de fecundidade.