
Bilinguismo beneficia crianças com transtorno do espectro autista
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Tupam Editores
Crianças com distúrbios do espectro autista têm muitas vezes dificuldade em se adaptar a diferentes tarefas, mas, de acordo com um estudo publicado na revista Child Development, ser bilíngue pode tornar esse processo mais fácil.
"Esta é uma descoberta inovadora e surpreendente", disseram os investigadores da Universidade McGill, no Canadá.
"Nos últimos 15 anos, tem existido um debate sobre a vantagem de ser bilíngue em termos de funções executivas. Alguns especialistas argumentaram de forma convincente que viver como uma pessoa bilíngue e ter que mudar a linguagem, de forma inconsciente, para responder ao contexto linguístico em que a conversa está a ocorrer aumenta a flexibilidade cognitiva”, explicaram os cientistas.
Os investigadores chegaram a esta conclusão depois de compararem a facilidade com que 40 crianças, com idades entre os seis e os nove anos, com ou sem transtorno do espectro autista, que eram unilingues ou bilíngues, podiam mudar as tarefas num teste gerado por computador.
Inicialmente, foi pedido às crianças para classificarem um único objeto que aparecesse no ecrã de um computador por cor e, de seguida, foi-lhes pedido para alternarem e ordenarem os mesmos objetos pela sua forma.
As crianças bilíngues com transtorno do espectro autista apresentaram um desempenho significativamente melhor quando se tratava da parte mais complexa do teste de mudança de tarefa em relação a crianças com espectro que eram unilingues.
Para os investigadores, esta é uma descoberta que pode ter implicações de grande alcance em famílias de crianças com transtorno do espectro autista.


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