Datas comemorativas como o aniversário, o dia da criança e o Natal, são sempre motivos para presentear as crianças com brinquedos. Quanto mais luzes, sons e movimentos, maior a sua fascinação pelo brinquedo. Muitos pais cedem aos apelos dos miúdos e compram o que eles escolhem, sem dar muita atenção às regras de segurança.

Mas brincar significa explorar, descobrir todas as potencialidades de um brinquedo e isso quer dizer que as crianças poderão não lhe dar a utilização que os adultos esperam. Brincar não tem instruções, e se eles resolverem abrir, desentranhar e desmontar um brinquedo, isso faz parte da sua curiosidade e do seu desenvolvimento natural.

Os brinquedos oferecem diversão, entretenimento e contribuem para a aprendizagem, porém, para garantir a segurança das crianças, é preciso que os adultos estejam atentos às regras de segurança – não basta verificar a sua marca ou confiar na publicidade. É fundamental verificar se o brinquedo é adequado à idade da criança, aos seus gostos, às suas capacidades, à sua casa, etc.

Apesar de ser obrigação dos fabricantes pensar na segurança e qualidade dos brinquedos que produzem e colocam no mercado, isso não isenta os pais e adultos que os compram de fazer uma avaliação crítica do que pretendem adquirir. Mas a tarefa de escolher e comprar um brinquedo que seja adequado e não apresente riscos para a criança não é fácil.

Todos os brinquedos estão classificados consoante a idade das crianças a que se destinam, no entanto, deve ter-se sempre em mente que isso se trata apenas de uma recomendação pois há crianças mais desenvolvidas e outras menos, independentemente da sua idade.

Assim, procure escolher brinquedos que se adaptem à idade da criança, aos seus interesses e ao seu nível de desenvolvimento. Devem ser lidos todos os avisos e instruções do brinquedo e reparar se é resistente ao fogo, se é lavável, etc. Sendo possível, deve retirar o brinquedo da embalagem para verificar se tem arestas cortantes ou bordos que possam magoar ou provocar ferimentos ou entalões em mecanismos de dobragem.

Tenha em mente que qualquer criança com menos de três anos tem tendência para por tudo na boca, assim, verifique se existem peças pequenas que possam ser facilmente destacáveis e caibam na boca, o que poderia provocar asfixia. Se o brinquedo for um boneco e tiver costuras, certifique-se de que a criança não terá acesso fácil ao enchimento.

 

Evite comprar brinquedos com cordas, fios ou cordões compridos que possam causar estrangulamento. Há que ter um cuidado especial com os balões, sobretudo os compridos, que podem causar estrangulamento mas também asfixia.

Quando o brinquedo for uma oferta, os pais, antes de o darem à criança, devem verificar a existência das indicações obrigatórias na embalagem, para se certificarem de que o mesmo não apresenta riscos visíveis e que cumpre as disposições legais. A própria embalagem do brinquedo, especialmente se for de plástico, pode apresentar risco de sufocação, logo, devem guardar-se as referências e inutilizar o restante.

Quando se trata da segurança infantil, os cuidados a ter não devem terminar com a compra do brinquedo. Periodicamente, os pais devem fazer uma avaliação dos brinquedos que já têm em casa e verificar se continuam a apresentar boas condições de segurança.

Os bonecos e mascotes de peluche devem ter as costuras firmes e bem seguras. Caso se detete algum rasgão, deve ser remendado de imediato para evitar que a criança sufoque com o enchimento.

Deve dar-se atenção especial aos brinquedos a pilhas. É importante certificar-se que os parafusos estão corretamente apertados e que as pilhas não estão danificadas. Isto porque existe sempre o perigo de a criança levar o brinquedo à boca e se poder intoxicar com os resíduos das pilhas.

Todas as peças constituintes dos brinquedos devem estar solidamente coladas e não apresentar sinais de desgaste. Os brinquedos que estejam partidos ou que sejam potencialmente perigosos devem ser deitados fora.

Se tiver várias crianças em casas, os brinquedos dos irmãos mais velhos devem ser mantidos fora do alcance dos mais novos.

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Muitas vezes a supervisão dos adultos, e mesmo a sua participação nas brincadeiras, pode ajudar a reduzir alguns dos riscos. Por exemplo, durante uma zanga normal entre crianças, um brinquedo pode transformar-se numa “arma de aremesso”.

Esteja atento às crianças enquanto brincam. Por mais seguro que seja um brinquedo, para evitar possíveis acidentes é essencial que a criança se habitue, desde pequena, a arrumar os brinquedos quando termina a brincadeira.