Segundo vários especialistas, os acidentes de mergulho no verão, principalmente em piscinas, são uma das principais causas de lesão na medula espinal, sendo por isso aconselhável que se evitem os mergulhos de cabeça em piscinas e outros locais de banhos, a fim de prevenir acidentes.
O maior risco de acidentes ao mergulhar em piscinas, rios, lagoas ou albufeiras está relacionado com a forma como as pessoas abordam a entrada na água sem conhecerem suficientemente bem o meio em que vão mergulhar. Ao mergulharem de cabeça, sem muitas vezes conhecerem a profundidade das piscinas, a presença de obstáculos como lodo, raízes ou detritos de árvores, pedras e outros, no caso dos rios, lagoas ou albufeiras, as pessoas correm sérios riscos de poderem sofrer um acidente que pode causar graves lesões ou incapacidades e até a morte, seja por afogamento ou devido a traumatismos.
A tetraplegia, decorrente da lesão da coluna cervical e da medula, bem como os traumatismos cranianos, por exemplo, são bem o exemplo das consequências mais extremas desse tipo de acidentes mais comuns, que se verificam no nosso País durante as atividades de lazer no período de férias entre os meses de julho a setembro. Por isso, não mergulhe para o desconhecido, como recomendado pelas Unidades de Reabilitação de Lesões Medulares de vários serviços de saúde.
Estima-se que nove em cada dez pessoas que sofreram acidentes por mergulho mal calculado ficaram tetraplégicas, sendo a maioria do sexo masculino, género tendencionalmente mais atreito aos desafios e aventura e que muitas vezes ao mergulhar de cabeça, entram na água de forma impulsiva sem ponderar os perigos que isso acarreta.
A fim de evitar acidentes de mergulho, seja nas praias, rios, piscinas ou lagos, é indispensável que se observem alguns cuidados elementares como: conhecer a profundidade de água no local, não mergulhar em águas rasas ou turvas e durante a noite em locais pouco iluminados, não mergulhar de cabeça desde locais elevados sem conhecer o local, sendo preferível fazê-lo de pés, evitar o consumo de álcool e drogas bem como brincadeiras descuidadas nas bermas de rios, piscinas e albufeiras.
Em caso de acidente, a pessoa deve ser retirada da água com extremo cuidado, mantendo o corpo direito, sem movimentar a coluna e o pescoço em particular, colocar a pessoa acidentada numa superfície rígida até que possa ser transportada por profissionais de saúde e ligar para o 112, o número único de emergência gratuito para todos os países da UE.
Caso as pessoas viajem para países da Comunidade, é indispensável que se façam acompanhar do Cartão Europeu de Seguro de Doença, documento que simplifica as formalidades na assistência médica e facilita o reembolso de quaisquer despesas eventualmente pagas por cuidados médicos prestados no âmbito dos sistemas de saúde públicos.
Todos os anos, por altura do período de férias é habitual a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Autoridade Marítima Nacional (AMN) virem a público lançar campanhas de sensibilização com recomendações no âmbito da segurança e comportamentos a adotar nas praias e zonas de banhos, que ajudem a minimizar os riscos de acidentes balneares.
Entre várias outras recomendações, as duas entidades reforçam a ideia de que se deve optar por frequentar as praias marítimas ou fluviais vigiadas, evitando exposições solares excessivas nos horários de maior perigosidade, usar protetores adequados aos vários grupos etários e tipos de pele, optar por refeições ligeiras respeitando os períodos de digestão e a sinalização das praias e outros locais de lazer.
Durante a apresentação do Plano de Contingência para o verão, os responsáveis da DGS, reforçaram mais uma vez a ideia de que para além dos acidentes mortais provocados por traumatismos derivados de mergulho, também os que derivam de outras causas como afogamento, congestão e choque térmico merecem toda a atenção, tendo sido salientada a importância das recomendações recebidas dos diversos parceiros para ajuda na tomada de decisões e para as comunicar com clareza às populações.
Há pequenos gestos que podem salvar pessoas. Especialistas médicos, alertam para cuidados a ter durante o verão, sabendo-se que os acidentes de mergulho são as principais causas de lesão na coluna, sobretudo entre os jovens com menos de 35 anos. Assim, também a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV), está a promover uma campanha de consciencialização das pessoas sob o mote “Há saltos que podem mudar a tua vida. Protege a tua coluna!”.
Segundo o presidente da instituição, um ortopedista, o principal objetivo da campanha é alertar a população para os comportamentos de risco que podem levar a acidentes quando dão mergulhos, tanto nas piscinas como nas praias, em águas pouco profundas, e que podem provocar lesões permanentes na coluna vertebral”.
Os principais sintomas de lesão na coluna, incluem dor no local lesionado com eventual irradiação aos membros superiores, náuseas, cefaleias ou tonturas, fraqueza ou incapacidade para mover os braços ou pernas, formigueiro ou dormência nos membros e na zona abaixo da lesão, dificuldades respiratórias, estado de consciência alterado e perda do controle dos intestinos ou da bexiga.
No caso de presenciar um acidente ou suspeitar de uma provável lesão da coluna, em que sejam notórios os sintomas aqui referenciados, deve ser dado de imediato o alerta para o número de emergência gratuito 112, tendo a preocupação de impedir que alguém mova a vítima, pois segundo especialistas, qualquer movimento pode causar danos maiores e permanentes.
Definir prioridades e organizar tarefas e compromissos evitando sobrecargas, estabelecendo limites de tempo de trabalho e negociando horários flexíveis, ao mesmo tempo que cuidamos do bem-estar mental...
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.