Em termos gerais, os nutracêuticos são produtos ou suplementos alimentares com funções nutritivas e terapêuticas, cada vez mais utilizados pelas pessoas, em todo o mundo, com a finalidade de melhor suprirem as necessidades nutricionais do organismo, ajudando a complementar algo que está em défice no corpo, seja uma vitamina, mineral ou até um aminoácido.
Os nutracêuticos, uma combinação das palavras “nutrientes” e “farmacêuticos”, incluem uma vasta gama de produtos como suplementos dietéticos, alimentos funcionais e ingredientes bioativos, cuja procura, com o aumento da consciencialização sobre a saúde e bem-estar, tem crescido exponencialmente em todo o mundo, podendo ser encontrada numa única cápsula, uma combinação de vários nutracêuticos. Alguns dos mais comuns e conhecidos são o ómega-3, licopeno, resveratrol, os fitoesterois, probióticos, vitaminas, minerais e as fibras.
São habitualmente classificados nas categorias de suplemento dietético, onde se incluem as vitaminas, minerais, aminoácidos e outros componentes destinados a suplementar a dieta normal; alimentos funcionais, todos os alimentos convencionais que trazem benefícios adicionais além da nutrição básica, como por exemplo os iogurtes probióticos; ingredientes bioativos, todos os compostos naturais encontrados em pequenas quantidades em alimentos que possuem efeitos benéficos para a saúde, como os flavonoides e carotenoides.
Os nutracêuticos desempenham um papel crucial na promoção da saúde e prevenção de doenças, trazendo notáveis benefícios ao ser humano nomeadamente na prevenção de doenças crónicas, devido ao seu elevado conteúdo em antioxidantes, que ajudam a neutralizar os radicais livres, reduzindo o risco de doenças crónicas como o cancro, doenças cardiovasculares e diabetes; na melhoria da saúde digestiva, através da ingestão de probióticos e fibras dietéticas, que podem contribuir para promoção de um equilíbrio saudável da microbiota intestinal; no suporte ao sistema imunológico, através da ingestão de vitaminas e minerais como a vitamina C, vitamina D e zinco, considerados elementos essenciais para o bom funcionamento do sistema imunológico; na saúde mental e cognitiva, alguns nutracêuticos, como ómega-3 e ginkgo biloba, têm sido associados à melhoria da função cognitiva e saúde mental, ajudando na prevenção de transtornos como depressão e demência.
A eficácia dos nutracêuticos é suportada por uma crescente base de pesquisas científicas e estudos clínicos que têm vindo a demonstrar que determinados nutracêuticos podem ter efeitos positivos em diversas condições de saúde. Por exemplo, os ácidos graxos ómega-3 têm mostrado benefícios na redução da inflamação e no risco de doenças cardíacas, da mesma forma que o consumo de fibras tem sido associado a uma menor incidência de cancro do cólon.
Apesar dos benefícios, há desafios e considerações importantes relacionados com o uso de nutracêuticos, que importa acautelar, como sejam, a regulação e qualidade, que atualmente ainda varia amplamente entre os vários países, o que pode afetar a qualidade e segurança dos produtos disponíveis no mercado; a interação com medicamentos de alguns nutracêuticos, que podem interagir com medicamentos de prescrição obrigatória, potencializando ou diminuindo os seus efeitos; na evidência de eficácia limitada para alguns produtos, pois enquanto muitos nutracêuticos têm suporte científico robusto, outros ainda carecem de evidências sólidas de eficácia e segurança.
À medida que o setor dos nutracêuticos continua em crescimento, impulsionado pelo envelhecimento da população e pelo desenvolvimento das pesquisas, por certo novas soluções económicas continuarão a surgir, impulsionando a procura. Os nutracêuticos representam uma interseção promissora entre nutrição e farmacologia, oferecendo uma abordagem complementar para a promoção da saúde e na prevenção de doenças.
Com a crescente popularidade e consumo desses produtos, é crucial que consumidores, profissionais de saúde e reguladores trabalhem em conjunto para garantir a qualidade, segurança e eficácia dos nutracêuticos. A pesquisa contínua e a educação são essenciais para maximizar os potenciais benefícios dos nutracêuticos enquanto os riscos associados são minimizados.
Existem algumas diferenças significativas entre o atual conceito de nutracêutico, suplemento alimentar e alimento funcional. Enquanto o nutracêutico é obtido a partir de alimentos naturais como por exemplo o licopeno, que é extraído do tomate e apresentado para consumo sob a forma de cápsula, o suplemento alimentar é uma mistura de substâncias isoladas que incorporam ao organismo humano os micronutrientes que estão em deficiência. Já o alimento funcional é aquele que faz parte da nossa alimentação no dia-a-dia e que devido ao seu valor nutritivo e à sua composição química promove a melhoria do estado de saúde e minimiza o risco de doenças nos indivíduos.
No que respeita à sua utilização, embora os nutracêuticos e suplementos alimentares, não necessitem de prescrição para serem dispensados, a orientação de um profissional de saúde é de suma importância para não haver o risco de sobredosagem e interferência com alimentos ou medicamentos. Além disso, a nível da rotulagem, os produtos devem atender aos critérios estabelecidos pelas entidades reguladoras da saúde, segundo a sua designação, como suplemento alimentar, forma farmacêutica, nome dos nutrientes, enzimas e bioativos, recomendações de uso, indicações a que o consumidor deve estar atento.
De acordo com o PNPAS, da DGS, a fibra dietética é descrita como uma classe de compostos de origem vegetal constituída sobretudo de polissacáridos e substâncias associadas.
Forma abreviada e derivada do inglês para se referir a desintoxicação, a palavra “detox” é vulgarmente utilizada para descrever a ação que permite a eliminação de toxinas e impurezas acumuladas no org...
Pesquisas diversas levadas a cabo um pouco por todo o mundo nas últimas décadas, demonstraram como o contacto com a natureza pode afetar positivamente a saúde mental e física do ser humano.
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