Uma equipa de cientistas anunciou recentemente a descoberta de uma metodologia que vai permitir reduzir os níveis de atividade daquela que é a maior responsável pela alergia dos humanos aos felinos – a proteína Fel d1.

É importante referir que um em cada cinco adultos em todo o mundo são alérgicos aos gatos, com 95 por cento das reações alérgicas a serem causadas por esta proteína, que é produzida na saliva dos gatos e nas suas glândulas sebáceas e que depois é transferida para o pelo dos animais e libertada no ambiente.

Estima-se que um gato adulto produza, em média, entre 2 a 7 µg de Fel d1 por dia. Estudos anteriores revelaram que machos férteis produzem a proteína em quantidades superiores aos indivíduos castrados.

Mas, embora os animais castrados e as fêmeas produzam a Fel d1 em menor quantidade, ainda assim conseguem causar alergias nas pessoas mais sensíveis.

Em alguns humanos, a proteína causa uma forte reação alérgica, com sintomatologia que pode variar desde irritação no sistema respiratório até à presença de vermelhidão, comichão e descamações da pele.

O estudo, conduzido por cientistas do Purina Institute, permitiu apurar que a solução para o problema pode estar na alimentação dos animais.
Durante o investigação os cientistas alimentaram uma amostra de cerca de cem gatos com uma dieta com anticorpos anti-Fel d1 obtidos a partir de ovos de galinha.

Os animais foram submetidos a esta dieta durante seis semanas, com 97 por cento dos gatos a registarem uma diminuição de cerca de 97 por cento deste alergénio. Os resultados mostraram que, após três semanas de alimentação com esta dieta, houve uma diminuição de cerca de 47 por cento da atividade daquela proteína no pelo dos animais.