Todos os dias novos estudos científicos apontam os benefícios e malefícios de beber café diariamente – o que não surpreende, na medida em que é uma das bebidas mais consumidas e apreciadas do mundo.

No geral, as evidências sugerem que o consumo moderado de café, ou seja, dois ou três cafés por dia, é positivo e reduz o risco de algumas doenças. No entanto, é importante ter em mente que a tolerância individual à cafeína varia e que as condições de saúde específicas de cada pessoa e a variedade do café também são importantes.

Segundo Sofia Mendonça, as mulheres devem estar muito atentas ao seu ciclo menstrual ao tomar a bebida, e na sua alimentação em geral, porque as hormonas que o regem não são as mesmas. Se na fase lútea a mulher se alimentar com alimentos que promovem a criação de estrogénio, quando mais precisa de progesterona, poderá experimentar sintomas menstruais mais graves ou picos de cortisol (hormona do stress).

A nutricionista também recomenda nunca beber café sem ter tomado o pequeno-almoço antes, pois isso faria com que os níveis de cortisol aumentassem muito. Esta recomendação é especialmente importante se a pessoa for praticar desporto depois de tomar café ou se tiver um dia de trabalho particularmente intenso. Os níveis de cortisol poderiam disparar para níveis prejudiciais à saúde.

As pessoas nervosas por natureza e que gostam de beber café podem optar pelo café descafeinado ou, pelo menos, reduzir esse excesso de cortisol como recomendou a nutricionista – não beber café com o estômago vazio. Outra dica é não beber café logo depois de acordar, pois nessa altura há um pico de cortisol para nos dar energia e não há necessidade de mais estimulantes.

Como em muitos aspetos da nutrição, a moderação é essencial para garantir que a bebida oferece o máximo de benefícios e o mínimo de riscos aos seus apreciadores.