Consumo diário de pistachos pode reduzir degeneração da visão
Investigadores da Escola Friedman de Ciência e Política Nutricional da Universidade Tufts descobriram que o consumo diário de pistachos pode melhorar a saúde ocular ao elevar a densidade óptica do pigmento macular (MPOD).
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A visão é um dos mais importantes sentidos. Sem ela sentimo-nos perdidos num mundo de escuridão. Por todo o mundo, cientistas lutam para encontrar novos tratamentos e erradicar as doenças oculares. LER MAIS
O efeito fica a dever-se à presença da luteína, um pigmento vegetal que funciona como um “escudo” para os olhos, protegendo-os dos raios ultravioleta do sol e da luz azul emitida por dispositivos eletrónicos, como computadores e telemóveis, contribuindo para a prevenção de doenças como as cataratas e a degeneração macular.
Durante a investigação foram medidos os pigmentos protetores do olho, cruciais para a visão e localizados na camada sensível à luz. Os resultados revelaram que ingerir cerca de 60 gramas de pistachos diariamente, durante 12 semanas, resultou num aumento significativo na MPOD em adultos de meia-idade a idosos.
A densidade ótica é um indicador importante da saúde ocular, na medida em que está ligado a um risco reduzido de degeneração macular relacionada à idade, uma das principais causas de cegueira em idosos.
Segundo Tammy Scott, autora do estudo, os pistachos não são apenas um lanche nutritivo, apresentam ainda benefícios significativos para a saúde ocular. Isso é especialmente importante à medida que as pessoas envelhecem e enfrentam maiores riscos de deficiência visual. Uma pessoa média consome 2 mg de luteína por dia, mas os estudos sugerem que 6 mg por dia podem ajudar a reduzir o risco de perda de visão.
Além de apoiar a saúde dos olhos, a luteína presente nos pistachos também pode beneficiar a função cerebral, pois ao atravessar a barreira hematoencefálica ajuda a reduzir o stress oxidativo e a inflamação.
Tal como no olho, a luteína acumula-se seletivamente no cérebro e pode desempenhar um papel na redução do declínio cognitivo. Vários estudos sugerem que níveis mais altos de luteína estão associados a melhor desempenho cognitivo, incluindo memória e velocidade de processamento.