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Mapeamento de doenças neurodegenerativas

O mapeamento das doenças neurodegenerativas é um campo em rápida evolução, impulsionado pelos avanços na tecnologia de imagem e na genética. A compreensão detalhada dos mecanismos subjacentes a estas doenças é crucial para o desenvolvimento de tratamentos eficazes.

Mapeamento de doenças neurodegenerativas

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As doenças degenerativas são um grupo de condições que resultam na degeneração progressiva do sistema nervoso, afetando principalmente os neurónios do cérebro. Estas doenças incluem Alzheimer, Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Huntington, entre outras. O mapeamento e a compreensão dessas doenças são essenciais para desenvolver tratamentos eficazes e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Pesquisas recentes divulgadas pela revista MedicalNewsToday, revelam que o envelhecimento dos vasos sanguíneos cerebrais pode afetar a saúde do cérebro, referindo nomeadamente que o envelhecimento está associado a alterações no fluxo sanguíneo, alterações essas que por sua vez podem estar associadas a um risco aumentado de doenças degenerativas.

Usando um modelo de rato, um grupo de investigadores explorou recentemente alterações vasculares no cérebro envelhecido, tendo pela primeira vez descoberto como essas mudanças ocorrem em todo o cérebro. O novo estudo, publicado na Nature Communications revela que as secções mais profundas do cérebro são afetadas de forma mais significativa, variando nas diferentes regiões do cérebro. Além disso, também observaram que as regiões do cérebro envolvidas na doença de Alzheimer, são particularmente suscetíveis a alterações na função vascular relacionadas com a idade, o que pode ajudar a explicar por que a morte celular ocorre nessas áreas.

A demência, a doença de Parkinson e outras doenças neurodegenerativas ainda são muito difíceis de tratar e não têm cura, daí que muitas questões sobre a sua origem permaneçam obscuras.

Como é apontado pelos autores do novo estudo, doenças que afetam os vasos sanguíneos, como o acidente vascular cerebral (AVC), aterosclerose e diabetes tipo II, aumentam o risco de demência vascular. O transporte sanguíneo prejudicado no cérebro, pode significar que as células não recebem a energia de que necessitam e os resíduos metabólicos podem não ser eliminados, o que também pode causar a morte da células cerebrais.

Segundo os autores do estudo, “é cada vez mais reconhecido que a perturbação da vasculatura cerebral pode preceder o dano neural associado às doenças neurodegenerativas e a outros tipos de demência”. Uma vez que o maior risco para doenças neurodegenerativas é o fator idade, compreender como os vasos sanguíneos mudam à medida que envelhecemos, pode fornecer pistas vitais sobre a forma como estas condições têm início.

Fonte: Tupam Editores

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