OBESIDADE

Fármaco antidiabético pode ajudar a deixar de fumar

De acordo com um estudo divulgado peça revista científica Annals of Internal Medicine, há relatos de redução do desejo de fumar em pacientes a tomar semaglutido, um medicamento biológico usado no tratamento de doenças endócrinas como a diabetes tipo II e a obesidade.

Fármaco antidiabético pode ajudar a deixar de fumar

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A investigação vem aumentar o interesse sobre a possibilidade do semaglutido, um fármaco agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon para a diabetes tipo II e a obesidade, poder trazer um benefício potencial para os transtornos devido ao vício do tabaco.

Relatórios prévios de várias instituições norte-americanas como o National Institute on Drug Abuse, National Institutes of Health e a Case Western University School of Medicine, já haviam observado efeitos semelhantes em pacientes, num prazo de 30 dias após o inicio da toma do medicamento, o que levou os cientistas a considerarem a necessidade de proceder a uma avaliação científica, tendo em vista a eventual utilização deste medicamento para tratamento do tabagismo.

No estudo foram comparados 222 942 novos pacientes a usar medicamentos antidiabéticos, incluindo 5 967 de semaglutido, tendo este sido associado a uma redução de prescrições e aconselhamento de medicamentos para parar de fumar. Efeitos semelhantes foram observados em pacientes com e sem diagnóstico de obesidade, sendo que para a maioria de comparações de grupos, as diferenças ocorreram dentro dos 30 dias seguintes ao início da prescrição.

O princípio ativo semaglutido, atualmente comercializado em Portugal com o nome comercial Ozempic, embora outras marcas como Rybelsus e Wegovy estejam registadas, foi associado a riscos mais baixos para medidas de cuidados de saúde relacionados com “transtornos por uso de tabaco” em pacientes com outras comorbilidades.

Esta molécula tem a capacidade de mimetizar as hormonas que regulam a sensação de saciedade, podendo por isso promover perdas de peso corporal de até 15 por cento, além de proporcionar o atraso do esvaziamento do estômago, ter um perfil de proteção cardiovascular e uma redução da progressão da pré-diabetes para a diabetes, devido aos seus diferentes mecanismos de atuação.

É defendido pelos investigadores que “esta descoberta, sugere a necessidade de avaliar mais ensaios clínicos do seu potencial para o tratamento da perturbação do consumo de tabaco.

Fonte: Tupam Editores

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