A iniciativa, da Organização Mundial de Saúde, celebra este ano os 50 anos do Programa Alargado de Imunização. De acordo com a GSK, é necessário deixar de colocar apenas os “cuidados aos doentes” no centro da ação em saúde, e passar a apostar na literacia da população e em estratégias preventivas para tornar a imunização de adultos o padrão de cuidados.

Atualmente, o mundo está a passar por mudanças demográficas significativas, com o envelhecimento da população a emergir como uma tendência dominante. Até 2030, espera-se que o número de pessoas com mais de 60 anos aumente em mais de um terço, para 1,4 mil milhões de pessoas, o que representa uma parte vital da economia global.

Os sistemas de saúde enfrentam enormes pressões e atrasos no tratamento, intensificados pela “tripla epidemia” de Covid-19, gripe sazonal e vírus sincicial respiratório (VSR) do passado inverno, juntamente com taxas crescentes de doenças crónicas em idades cada vez mais reduzidas.

Se se adotarem estratégias globais e personalizadas de imunização, os adultos poderão continuar a ser participantes ativos e saudáveis na sociedade, o que lhes prolongará a qualidade de vida, a produtividade, as contribuições para as economias locais e permitirá reduzir os custos dos cuidados de saúde adjacentes ao tratamento de doenças preveníveis.

Inexplicavelmente, e apesar de estarem cada vez mais suscetíveis ao declínio imunológico e a doenças infeciosas, e correrem maior risco de virem a desenvolver doenças crónicas, os adultos continuam a perder a oportunidade de vacinação.

Para Neuza Teixeira, da GSK Portugal, é necessário sensibilizar os decisores políticos, facilitando a acessibilidade à prevenção, mas também a população. Já se percebeu que a falta de conhecimento que a população tem relativamente às várias doenças e vírus, como o VSR e o vírus responsável pelo herpes zoster, por exemplo, tem sido um entrave no que diz respeito à vacinação dos adultos.
É importante combater a ideia que muitos adultos e idosos têm de que já não vale a pena apostar neles devido à idade. Esta mudança de paradigma é fulcral.

Além de apelar aos países para aumentarem os investimentos em programas de imunização para proteger as próximas gerações, a OMS ainda enfatiza a necessidade urgente de alcançar uma cobertura vacinal elevada e equitativa em todas as comunidades para prevenir surtos destas doenças agora e no futuro.