Ambiente obesogénico: conheça as estratégias para lhe escapar
A obesidade é uma patologia crónica de base multifatorial, associada a vários comportamentos de risco, como a inatividade física e a alimentação nutricionalmente desequilibrada. Assim, é cada vez mais importante perceber a relação entre os fatores ambientais e o seu potencial efeito “obesogénico”.
A prevalência da obesidade triplicou nos últimos anos, em muitos países europeus, aumentando, consequentemente, os gastos com a saúde.
LER MAIS
Não há dúvidas de que os estilos de vida adotados pela população são largamente influenciados pelo ambiente. Um ambiente obesogénico é todo o meio que promove e/ou potencia hábitos e comportamentos menos saudáveis, podendo, como consequência, resultar em excesso de peso.
Um dos fatores incluídos neste conceito é a área física em que o indivíduo reside, ou seja, se existem espaços e condições que permitam a prática de atividade física e se estão disponíveis estabelecimentos onde se possam adquirir alimentos saudáveis. Por exemplo, a fácil acessibilidade a alimentos processados, de elevada densidade energética e pobres em nutrientes, contribui para um ambiente obesogénico.
Transpor as barreiras deste tipo de ambiente é desafiador, pois as próprias dinâmicas do mundo contemporâneo favorecem o sedentarismo e a ingestão de alimentos mais calóricos. As pessoas têm cada vez menos tempo para se exercitar e fazer refeições saudáveis sem pressa, o que torna o combate à obesidade ainda mais complexo.
Mas é possível lidar com um ambiente obesogénico. As estratégias envolvem, principalmente, mudanças individuais de comportamento, tais como:
Fazer listas de compras – para além de não esquecer o essencial, também não adquire mais produtos do que os necessários;
Limitar a disponibilidade de alimentos processados e de elevada densidade energética em casa;
Preparar as diferentes refeições do dia e ter sempre snacks (saudáveis) para não sentir a necessidade de adquirir outros alimentos;
Os problemas associados ao excesso de peso surgem em idades cada vez mais precoces. Prepare o lanche das crianças em casa para evitar a cantina da escola;
Não comer rápido demais, dando a devida atenção ao que se coloca no prato;
Sempre que possível, deve optar por deslocações a pé ou de bicicleta e limitar a utilização de automóveis e transportes públicos para curtas distâncias;
Utilize as escadas ao invés das escadas rolantes ou elevador;
Limite o tempo em frente aos ecrãs, aproveitando-o para praticar exercício físico. Quando não for possível frequentar um ginásio, faça exercícios em casa.
Nem sempre é possível incorporar todas estas sugestões de mudanças de hábitos, mas adotar pelo menos uma parte já pode diminuir os efeitos causados por um ambiente obesogénico.
