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Sono pode ser comprometido por um parceiro de cama

Se tem problemas para dormir, o contacto com o seu companheiro de cama pode ser a causa, sugere um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Michigan.

Sono pode ser comprometido por um parceiro de cama

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As interações sociais influenciam profundamente o desenvolvimento, a fisiologia e o comportamento animal. No entanto, a forma como o sono – um processo comportamental e neurofisiológico central – é modulado pelas interações sociais é pouco compreendida.

Na investigação, publicada na revista Current Biology, os especialistas avaliaram o comportamento de sono de ratinhos num contexto social. Para além de um vídeo, foram utilizados dispositivos neurofisiológicos sem fio para registar simultaneamente vários indivíduos dentro de um grupo durante 24 horas.

Ficou evidente que os ratinhos procuram contacto físico antes do início do sono e dormem próximos uns dos outros, ou seja, aconchegados. Para determinar se aconchegar-se durante o sono é um comportamento motivado, os investigadores desenvolveram um novo dispositivo comportamental que permite aos animais escolher se querem dormir perto de um membro da mesma espécie ou sozinhos, sob diferentes condições ambientais.

Os investigadores verificaram que os animais estão dispostos a renunciar ao seu local preferido para dormir, mesmo em condições termoneutras, para ter contacto social durante o sono. Isto sugere fortemente que a motivação para o contacto físico prolongado – que denominaram de somatolonging – impulsiona o comportamento de aconchego.

Mas aconchegar-se durante o sono tem o seu preço – os ratinhos muitas vezes perturbam o sono uns dos outros. Da mesma forma, nos humanos, dormir junto nem sempre é positivo e a insónia pode ser transmitida entre parceiros de cama. Então, por que razão os humanos e outros animais escolhem voluntariamente situações que podem comprometer o seu sono? Os investigadores ainda não sabem.

Por outro lado, indivíduos que dormem juntos apresentam sincronização em múltiplas medidas neurofisiológicas, incluindo o momento do início do sono/vigília e do sono REM.

Importa referir ainda que o tempo do movimento rápido dos olhos, ou REM, do sono foi sincronizado entre irmãos machos que dormiam juntos, mas não entre irmãos fêmeas que dormiam juntos ou ratinhos desconhecidos. Isto sugere que o estado interno de um indivíduo, como sentir-se seguro, controla o grau de sincronização.

Fonte: Tupam Editores

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