São muitas as razões para evitar beber muito vinho ou cerveja pois o álcool prejudica a saúde de várias maneiras. Mas talvez agora queira abandonar completamente esse hábito pois um estudo recente descobriu que mesmo beber uma quantidade moderada pode envelhecer o cérebro mais rapidamente.
A dependência de álcool, geralmente designada por alcoolismo é uma doença crónica que deriva de múltiplos fatores e diferentes naturezas.
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Para o estudo, publicado na edição de Julho da revista PLOS Medicine, os investigadores recolheram dados de 20.965 participantes com idade média de 55 anos. Enquanto 2,7% dos envolvidos não bebiam álcool, os participantes restantes bebiam uma média de 18 unidades por semana – estas unidades equivalem a seis taças de vinho. No caso da cerveja, é o mesmo que sete latas e meia da bebida. Isto é, sem dúvida, demais quando se trata de manter o cérebro saudável.
Segundo a coordenadora do estudo, Anya Topiwala, da Universidade de Oxford, no maior estudo até ao momento foi possível descobrir que beber mais de 7 unidades de álcool semanalmente estava associado ao acúmulo de ferro no cérebro.
Os investigadores descobriram que o consumo moderado de álcool estava associado a um maior acúmulo de ferro nos gânglios da base, um grupo de regiões do cérebro que ajuda a desempenhar funções cognitivas, emocionais e relacionadas ao movimento.
Níveis mais altos de ferro nos gânglios basais foram associados a medidas mais pobres da função cognitiva. O cérebro é muito sensível a mudanças no metabolismo do ferro, que no cérebro causa declínio cognitivo. O ferro anormalmente alto no cérebro tem sido associado ao stress oxidativo, que leva a danos neuronais e morte celular.
Para reduzir a quantidade de álcool que bebe e evitar o envelhecimento potencial do cérebro opte por bebidas com pouco álcool ou sem álcool. Pode ainda ir intervalando copos de água com a bebida o que ajudará a reduzir o consumo excessivo, e evite beber álcool com o estômago vazio.
Enquanto algumas pessoas podem gostar de substituir as suas bebidas por alternativas sem álcool, aquelas que são alcoólicas ou que estão a recuperar do vício não são aconselhadas a fazê-lo pois pode aumentar o seu desejo de beber álcool. Na verdade, as implicações para a saúde do consumo de álcool dependem muito do indivíduo, das suas condições de saúde e dos medicamentos que toma.
Se tende a beber excessivamente ou percebe que o álcool causa problemas na sua vida, existem programas de aconselhamento e recuperação para o ajudar. O seu médico pode aconselhá-lo sobre o assunto. Se não bebe não dê início a um hábito que só o pode prejudicar.
