Após a realização de testes preliminares bem-sucedidos em laboratório apenas em tecidos cancerosos, este estudo, mais amplo, comprovou a capacidade do dispositivo para reconhecer tecido saudável em seres humanos.

A nova ferramenta utiliza uma tecnologia de imagem de ondas milimétricas de alta resolução, parecida com os scanners usados nos aeroportos, para analisar a pele dos pacientes.
O tecido saudável reflete as ondas de forma diferente do tecido canceroso e, com tecnologia avançada, os investigadores conseguiram compilar imagens de alta resolução até mesmo da menor mancha ou defeito.

Durante os testes foram analisados 71 pacientes com 136 lesões cutâneas suspeitas e, após as avaliações por imagem, os tecidos passaram por biópsia. O dispositivo disponibilizou resultados para a deteção de cancro da pele em até 20 segundos, revelando uma eficácia de 98% da identificação de lesões benignas ou malignas, e 97% de sensibilidade.

Negar Tavassolian, diretor do Laboratório de Bioeletromagnética no Instituto Stevens, explica que o objetivo não é acabar com as biopsias, mas dar aos médicos ferramentas adicionais para os ajudar a tomar melhores decisões.

Existem outras tecnologias avançadas de imagem que podem detetar cancro de pele, mas são máquinas grandes e dispendiosas que não estão disponíveis na clínica. A equipa de investigação está a desenvolver um dispositivo de baixo custo tão pequeno e fácil de usar quanto um telemóvel para que os diagnósticos avançados estejam ao alcance de todos.

Isto permitiria aos médicos integrar diagnósticos precisos em exames de rotina e, assim, tratar um maior número de pacientes.