SIDA

Descoberta variante mais viral e contagiosa do VIH

Uma equipa internacional de cientistas da Universidade de Oxford identificou uma nova variante mais viral e contagiosa do vírus VIH. Denominada VB – um nome atribuído por fazer parte do subtipo B do VIH –, esta variante já foi identificada em 109 indivíduos, praticamente todos na Holanda.

Descoberta variante mais viral e contagiosa do VIH

DOENÇAS E TRATAMENTOS

SIDA, HISTÓRIAS DE VIDA ENCURTADAS


Os dados revelam que a VB é especialmente agressiva e destroi os linfócitos CD4, um tipo de glóbulos brancos que protegem as pessoas das infeções. A VB triplica a quantidade usual do vírus VIH no sangue dos doentes.
Sem tratamento, a doença de uma pessoa que contraiu esta variante poderia atingir uma fase avançada (de acordo com os critérios da OMS) em nove meses, comparando com os 36 meses de infeção com a variante mais comum.

O estudo da Universidade de Oxford analisou as características genéticas do VIH em cerca 7.500 pessoas infetadas em oito países europeus: Alemanha, Bélgica, Finlândia, França, Países Baixos, Reino Unido, Suécia e Suíça.

Os cientistas estimam que a variante VB terá surgido nos Países Baixos entre o final dos anos 80 e o início dos anos 90. A disseminação foi rápida nos primeiros anos, mas por volta de 2010 começaram a ser identificados cada vez menos casos.

Uma das possibilidades levantadas pelos cientistas para o surgimento desta variante prende-se com a própria terapia antirretroviral, que poderá favorecer o aparecimento de novas versões.
Suspeita-se que a maior transmissibilidade da nova variante não se deve às características das pessoas infetadas, mas às propriedades do vírus em si. É importante referir que o VIH afeta as pessoas de maneiras muito diferentes.

Segundo o epidemiologista Chris Wymant a descoberta não é motivo para alarme até porque os tratamentos atuais para o VIH – com fármacos antirretrovirais – conseguem responder a uma infeção com a VB.

A descoberta desta variante só vem realçar a importância das recomendações que já estavam em vigor: que as pessoas em risco de contrair o VIH devem ter acesso a testes regulares para permitir um diagnóstico precoce e um tratamento imediato.
O estudo foi publicado na revista científica Science.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS