Estudo avalia efeitos do cheiro na alimentação
Cientistas da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, descobriram que as pessoas se tornaram menos sensíveis aos odores alimentares se comerem uma refeição antes. O estudo foi publicado na revista PLoS Biology.
DIETA E NUTRIÇÃO
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Durante o estudo, os cientistas usaram imagens do cérebro, testes comportamentais e estimulação cerebral não invasiva para analisarem como o sentido do olfato guia a aprendizagem e o comportamento do apetite, principalmente no que diz respeito a condições como a obesidade, dependência e demência.
Foi apresentado aos participantes um cheiro que era uma mistura entre um alimento e um odor não alimentar. Após a apresentação de uma mistura, perguntou-se aos participantes qual dos odores era o dominante.
Os participantes completaram a tarefa duas vezes dentro de um scanner de ressonância magnética, quando estavam com fome e depois de terem comido uma refeição combinada com um dos dois odores.
Posteriormente, foi calculado quanto odor alimentar era necessário na mistura para que o participante percebesse o odor dos alimentos como dominante. Os dados apurados mostraram que, quando os participantes tinham fome, precisavam de uma percentagem mais baixa de odor alimentar numa mistura para o perceberem como dominante.
Se o nariz não estiver a funcionar corretamente, o ciclo de feedback pode ser interrompido, levando a problemas como a alimentação desordenada e a obesidade, afirmou Thorsten Kahnt, líder do estudo.