Pandemia: pressão sobre serviços de saúde poderá aumentar
De acordo com dados divulgados na passada sexta-feira, 27 de agosto, pelo relatório das linhas vermelhas para a COVID-19 em Portugal, existe uma elevada intensidade de atividade epidémica, com tendência estável a nível nacional, mas com provável tendência crescente na região Centro, nos grupos etários dos 10 aos 29 anos e acima dos 65 anos de idade.
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Nos hospitais, a pressão sobre os cuidados de saúde apresenta uma “tendência estável a crescente”, indica o Relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas para a COVID-19, divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
A mortalidade por COVID-19, apesar de estar estável, continua “acima do valor de referência”, tendo sido registadas 14 mortes. Com “a atividade epidémica de elevada intensidade”, os casos estão com “tendência a nível nacional”, à exceção da região do Algarve, onde se observa uma incidência superior, no limiar de 480 casos em 14 dias por 100 000 habitantes, ou seja 720.
Na última semana, pelo menos 95 por cento dos casos de infeção por COVID-19 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação, rastreados e isolados todos os contactos em 81 por cento dos casos.
A variante delta, inicialmente associada à Índia, continua a representar praticamente todas as infeções, ainda é a dominante a norte, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve.
A manter-se este quadro, a atividade epidémica na população sénior, apesar de ser a mais vacinada, e a pressão nos Serviços de Saúde poderão vir a agravar-se nas próximas semanas.