A intoxicação alimentar por E. coli é uma das piores intoxicações alimentares, causando diarreia sanguinolenta e danos renais, no entanto, os cientistas verificaram que estes efeitos podem ser apenas um efeito secundário involuntário. 
 
As Escherichia coli (E. coli) são um grupo diversificado de bactérias, sendo que engolir algumas células do tipo de E. coli que cria a toxina Shiga pode causar efeitos negativos. A toxina Shiga danifica os vasos sanguíneos nos intestinos, sendo que se esta entrar na corrente sanguínea, pode causar insuficiência renal.
 
Os autores do estudo acreditavam que um grupo de E. coli produtora de toxinas Shiga, com o nome de E. coli enterohemorrágica (EHEC, na sigla em inglês), podia ser responsável por estas intoxicações alimentares e, como tal, queriam saber como a EHEC suprimia o sistema imunitário.

O estudo mostrou que o corpo responde normalmente às fases iniciais das infeções por E. coli, ativando uma enzima que dispara um alarme dentro das células.

A célula, consequentemente, explode para libertar moléculas de aviso que chamam outras partes do sistema imunitário para combater as bactérias. Contudo, a investigação mostrou que a EHEC destrói essa resposta precoce.
 
Os cientistas mostraram então que as células infetadas com EHEC, às quais faltava o gene para a toxina Shiga, reuniam uma resposta imune mais elevada, em comparação com a EHEC normal.
 
Agora que se conhece o passo molecular específico através do qual a toxina Shiga interfere no interior das células imunitárias, os investigadores estão a tentar descobrir como, exatamente, a podem bloquear.