Falência de órgãos ocorre em 25% das crianças com COVID-19 grave
As crianças podem ter um risco reduzido de desenvolver doenças graves em consequência de uma infeção por COVID-19, mas cientistas internacionais observaram que quase um em cada quatro jovens desenvolveu várias falhas nos sistemas orgânicos como resultado da doença.
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Um estudo com 48 crianças internadas em unidades de cuidados intensivos (UCI) pediátricos nos Estados Unidos para tratamento após a infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) mostrou que, apesar de o prognóstico para crianças com COVID-19 ser melhor do que para adultos, o vírus pode levar a doenças graves e exigir hospitalização.
No estudo, os cientistas avaliaram 48 crianças, com idade mediana de 13 anos, diagnosticadas com COVID-19 que foram admitidas em 46 UCI pediátricas nos Estados Unidos entre 14 de março e 3 de abril. Vinte e cinco eram do sexo masculino.
Os cientistas referem que 40 dessas crianças tinham problemas de saúde subjacentes antes do diagnóstico de COVID-19, incluindo 11 com histórico médico, sete obesos, quatro com diabetes e três com doença cardíaca congénita.
No total, 35 dos pacientes jovens foram admitidos no hospital com sintomas respiratórios da COVID-19, incluindo pneumonia grave, e 18 necessitaram de ventilação invasiva.
Onze apresentaram falência de múltiplos órgãos e sistemas, com a maioria desses casos a afetar os pulmões ou rins. Dois pacientes acabaram por morrer.
A maioria dos pacientes foi tratada com terapias direcionadas, sendo a [url-nolink=/pt/medicamentos/DCI/hidroxicloroquina/informacao-geral]hidroxicloroquina[/url] o medicamento mais usado. Os pacientes foram acompanhados por até quatro semanas e, ao final do período de acompanhamento, 15 ainda estavam internados.
Entre os que se recuperaram e receberam alta hospitalar, o tempo médio de permanência na UCI foi de cinco dias, e o tempo médio de internamento de sete dias.
Os cientistas enfatizam que as descobertas apresentadas são “precoces” e que são necessários mais estudos, alguns já em andamento, para determinar os verdadeiros efeitos da COVID-19 nos jovens.
Ainda assim, os resultados do estudo destacam a importância de “modificações no estilo de vida”, incluindo o uso de máscaras, distanciamento público e social, para impedir que as crianças sejam infetadas e espalhem o vírus.