Primeira menstruação surge cada vez mais cedo nas portuguesas
Um estudo desenvolvido por investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluiu que a primeira menstruação das mulheres portuguesas tem vindo a “surgir mais cedo”, tendo a média passado dos 13 para os 12 anos.
DIETA E NUTRIÇÃO
CARNES BRANCAS
Caraterizadas pelo seu elevado conteúdo proteico, de alto valor biológico e nutricional, desde tempos imemoriais que o homem adicionou à sua dieta as carnes de peixe, mamíferos e aves, tendo-se tornado a base alimentar da grande maioria da população universal. Há no entanto uma subtil diferença entre os vários tipos e, quando nos referimos a carne, raramente associamos o termo à carne de peixe, mas sim ao tecido muscular dos mamíferos e das aves quando usados na alimentação. LER MAIS
“Não havia dados em Portugal recentes, por isso, aquilo que este estudo pretendeu foi verificar a tendência da evolução da idade da menarca [primeira menstruação]”, disse em declarações à Lusa a primeira autora da investigação, Catarina Queiroga.
Desenvolvido no âmbito do projeto ‘DOCnet’, o estudo usou dados de 11 274 mulheres nascidas entre 1920 e 1992 para avaliar a evolução da idade da primeira menstruação.
“O que se verifica, pelo menos com base nestes dados, é que a idade mediana da menarca tem vindo a diminuir cerca de 30 dias a cada cinco anos, passando dos 13 para os 12 anos”, esclareceu a investigadora.
Segundo Catarina Queiroga, apesar do propósito desta investigação ser apenas delinear a tendência, e perceber se a “idade da menarca estaria a decrescer ou num platô”, à semelhança do descrito em alguns países desenvolvidos, o objetivo passa agora por “fazer estudos mais pormenorizados”.
“Este estudo vai servir de base para ver em que ponto estamos e, sabendo que há outros estudos que mostram que esta diminuição pode, eventualmente, ter implicações na saúde da mulher, então temos agora de pegar nestes dados e estudá-los ao pormenor”, avançou.
À Lusa, a investigadora adiantou que o objetivo passa por perceber que implicações poderá vir a ter esta diminuição, especialmente em relação à diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.