Ervas daninhas podem ser mais nutritivas que muitos produtos
Investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, relataram que encontraram verduras silvestres nutritivas que crescem abundantemente em áreas urbanas pobres de São Francisco.
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Os cientistas recolheram verduras selvagens comestíveis de três áreas, cada uma equivalente a nove quarteirões da cidade, em bairros desfavorecidos cercados por estradas movimentadas e zonas industriais. As áreas, classificadas como "desertos de comida urbana", ficam a mais de um quilómetro de uma loja que vende produtos frescos.
Seis espécies diferentes foram testadas quanto ao conteúdo nutricional e os seus níveis nutricionais foram comparados com os de uma couve; os investigadores verificaram que as ervas daninhas tinham mais fibra alimentar, proteína, vitamina A, sódio, cálcio, ferro e vitamina K, e forneciam mais energia do que as couves. Apenas os níveis de vitamina C foram maiores nas couves.
Até ao momento, os cientistas conseguiram documentar 52 espécies diferentes nas ruas de São Francisco, como o dente de leão, a erva doce, os cardos e a alface selvagem.
"O estudo sugere que estas verduras silvestres são uma fonte confiável de nutrição durante todo o ano", escreveu a equipa de investigação.
Depois de enxaguar em água, as plantas não tinham níveis detetáveis de pesticidas ou de outras substâncias tóxicas que poderiam ser esperadas nos ambientes em que cresceram.
Os cientistas também sugerem que "alimentos silvestres podem contribuir para um ecossistema saudável, construindo matéria orgânica do solo, retendo água e nutrientes no solo e reduzindo a erosão".
Além disso, as plantas silvestres poderiam enriquecer a biodiversidade, ao fornecer um habitat para insetos, animais e outras plantas.