Portugal só decidiu sobre um terço dos fármacos inovadores
Somente cerca de um terço dos medicamentos inovadores autorizados a entrar no mercado entre 2015 e 2017 tem atualmente decisão sobre financiamento em Portugal, havendo cerca de 60 novos fármacos a aguardar, muitos para o tratamento do cancro.

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Os dados acabam de ser apresentados pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) numa conferência em Lisboa, denominada "Um Compromisso Com as Pessoas".
Segundo o diretor executivo da Apifarma, Heitor Costa, só 32,2 por cento dos novos medicamentos com autorização de introdução no mercado na União Europeia entre 2015 e 2017 é que estão devidamente avaliados e com decisão sobre financiamento em Portugal.
Há 59 novas moléculas – consideradas como medicamentos de primeira indicação – que ainda aguardam decisão e mais de 31 por cento destas são para tratamentos oncológicos.
Dos novos fármacos de 2015 a 2017 que já têm uma decisão em Portugal, quase 80 por cento foram aprovados.
Contudo, em conjunto com os novos fármacos ainda não avaliados, a taxa de disponibilidade do grupo de medicamentos inovadores disponíveis entre 2015 e 2017 é de cerca de 25 por cento.
O tempo de aprovação de novos medicamentos mantém-se elevado e sem grandes variações, como reconheceu Heitor Costa, estando nos 15,7 meses para os medicamentos inovadores aprovados entre 2015 e 2017. Em mais de 70 por cento dos casos, a aprovação demora mais do que um ano.