MEDICAMENTO

Aspirina diária reduz risco de cancro do cólon

Tomar uma aspirina de baixa dosagem por dia pode ajudar a prevenir a recorrência do cancro em cerca de um terço dos pacientes com cancro do cólon, apurou um estudo publicado no Journal of Clinical Oncology.

Aspirina diária reduz risco de cancro do cólon

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Segundo os investigadores, a toma de 160 miligramas de aspirina por dia reduz o risco de recorrência do cancro pela metade entre pacientes com cancro do cólon com uma mutação nos genes PI3K. Este tipo de mutação é encontrada em cerca de 30% de todos os cancros do cólon, e pode tornar a doença mais agressiva e difícil de tratar.

Para o estudo foram recrutados mais de 600 pacientes na Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega que tinham cancro do cólon moderado a avançado ou cancro retal. Os pacientes foram aleatoriamente selecionados para tomar uma aspirina diariamente ou um placebo durante três anos.

Os especialistas descobriram que aqueles que tomavam a aspirina diariamente tinham um risco 51% menor de recorrência do cancro se tivessem uma mutação na sua mutação PIK3CA, em comparação com os pacientes do placebo. A recorrência foi de 7,7% para as pessoas que tomaram a aspirina versus 14,1% para aquelas que tomaram o placebo.

Da mesma forma, os pacientes com outras mutações PI3K tiveram um risco 58% menor de recorrência do cancro quando tomavam a aspirina – 7,7% para esses pacientes versus 16,8% para aqueles que receberam comprimidos de placebo.
No geral, os pacientes que tomaram a aspirina tiveram 55% menos probabilidade de ter recorrência do cancro, do que aqueles que tomaram o placebo.

Além disso, os efeitos colaterais relacionados ao uso de aspirina foram raros, tendo-se registado um caso de hemorragia gastrointestinal grave, um caso de sangramento cerebral e uma reação alérgica.

Segundo a Dra. Anna Martling, investigadora principal, ficou demonstrado que a aspirina reduz efetivamente as taxas de recorrência do cancro colorretal em pacientes com alterações genéticas na via de sinalização PI3K e melhora a sobrevida livre de doença em mais de um terço desses pacientes. Os resultados podem mudar imediatamente o tratamento destes pacientes.

Fonte: Tupam Editores

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