Maioria dos peixes do Atlântico ingere microplásticos prejudiciais
Um artigo publicado na revista Frontiers in Marine Science revela que 73 por cento dos peixes pescados numa zona do Oceano Atlântico ingerem microplásticos prejudiciais para a saúde dos animais e também humana.

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Os peixes em causa são presas de peixes maiores como o atum e o peixe-espada, populares na dieta alimentar em muitos países.
Os cientistas da Irlanda e do Reino Unido encontraram minúsculas partículas de plástico no estômago de quase três em cada quatro peixes que habitam zonas remotas no Oceano Atlântico.
Os investigadores recolheram peixes numa região a 1 200 quilômetros da costa das províncias canadianas de Terra Nova e Labrador. Os animais foram retirados a uma profundidade de 300 a 600 metros da chamada zona mesopelágica, que abrange uma faixa de 200 até 1 200 metros de profundidade.
Alguns desses animais são capazes de migrar entre as zonas e nadar até as faixas superiores do oceano para se alimentar, e, por meio dessas migrações verticais, contribuem para o transporte de carbono e nutrientes para as camadas mais profundas do oceano.
Apesar do seu importante papel nos ecossistemas marinhos, os peixes mesopelágicos têm sido relativamente pouco estudados no contexto dos microplásticos, por isso o novo estudo foi importante.
Os dados apurados mostraram que 73 por cento do total de 280 peixes capturados e analisados em laboratório continham resíduos plásticos no estômago e intestino.
No total, 452 fragmentos microplásticos foram extraídos dos sistemas digestivos dos espécimes, numa média de 1,8 fragmentos de microplásticos por peixe, a maior parte de polietileno, o tipo de plástico mais comum no mercado.
Os autores afirmaram que a descoberta é preocupante, visto que os peixes da zona mesopelágica podem espalhar microplásticos pelo oceano e são também presas de peixes maiores, como o atum e o peixe-espada, que, por sua vez, são populares na dieta alimentar humana.
Os plásticos possuem inúmeras substâncias tóxicas e perigosas que podem prejudicar a saúde animal e humana, além de afetar o equilíbrio dos ecossistemas.