Trabalho de Investigação que Ganhou Prémio Nobel Eficaz Contra Malária
O Prémio Nobel da Medicina distinguiu este ano um trabalho de investigação que tem por objetivo reduzir os casos de malária. Os primeiros dados resultantes de ensaios com a ivermectina no Burkina Faso sugerem que este composto conduz a 16 por cento menos casos de malária na infância.
Apesar de doenças distintas, a semelhança da sintomatologia faz com que a constipação e a gripe sejam frequentemente confundidas, e até mal diagnosticadas.
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Cientistas da Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos, e do Instituto de Pesquisa em Ciências da Saúde, no Burkina Faso, estão agora a testar o medicamento, a fim de perceber se este pode ser usado para salvar vidas.
Brian Foy, um dos cientistas, explicou à BBC que o composto pode atuar contra os mosquitos que propagam o parasita da malária, isto porque os mata ou torna mais fracos os que ingerem o sangue de alguém tratado com a ivermectina.
Habitantes de oito aldeias estão atualmente a ser avaliados, metade dos quais são tratados com a ivermectina a cada três semanas. Brian Foy reforça que nas aldeias tratadas 25 por cento das crianças não desenvolveram malária durante o período das chuvas, em comparação com 16 por cento entre as que residem nas aldeias que não fazem parte do estudo.
O medicamento mostra-se eficaz a matar, quer os parasitas, quer os mosquitos, atacando o seu sistema nervoso para que não possam controlar os seus músculos.
