Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade consiste numa acumulação excessiva de gordura que surge quando há um desequilíbrio entre o volume de calorias consumidas e as calorias gastas, sendo considerada por aquela Organização, a epidemia do século XXI e estimando-se que existam em Portugal cerca de 1,5 milhões de pessoas obesas.
A obesidade é estabelecida em função do índice de massa corporal (IMC), uma medida standard internacional utilizada para perceber se o peso da pessoa se encontra adequado à sua altura e sendo definida quando o IMC é igual ou superior a 30.
O ato de a pessoa se alimentar tem um papel social tão importante quanto o papel nutricional. A obesidade e o excesso de peso são importantes preocupações no sector da saúde pública, devido à associação que é feita com o potencial aumento de risco para a hipertensão arterial sistémica, diabetes mellitus, doença coronária, osteoartrite, anomalias lipídicas, doença da vesícula biliar e até alguns tipos de cancro.
Na realidade, de nada adianta desenvolver um plano terapêutico para o paciente obeso, envolvendo a sua família, se ambos não estiverem motivados ou aptos para o executar. Por isso é importante avaliar minuciosamente as razões ou motivações para a perda de peso, eventuais tentativas anteriores e as causas de insucesso, o apoio familiar e de amigos, o entendimento claro dos riscos e benefícios, as atitudes a favor ou contra o aumento de atividade física necessária, o tempo disponível e os potenciais obstáculos atuais para as mudanças que é necessário fazer no estilo de vida, pois o sucesso das ações de saúde, na maioria dos casos depende da integração e criatividade de toda a equipa.
As atribuições de cada membro dessa equipa, para ajudar o paciente obeso a mudar o seu estilo de vida, passam por estimular a participação comunitária em ações que visem uma melhoria da qualidade de vida, a realização de ações de promoção de saúde, orientação de alimentação saudável e prevenção do excesso de peso, além de realizar consulta clinica em ambulatório e domicílios, trabalhos com grupos, aferir os dados antropométricos de peso e altura, realizar ações de vigilância nutricional, avaliar os casos de risco e tratar agravamentos de saúde associados, como hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes, e solicitar exames complementares, sempre que seja necessário apoio especializado.
Pacientes com um excesso de peso (IMC entre 25 a 29,9 Kg/m2) associado à comorbilidade (diabetes mellitus) ou que apresentem obesidade (IMC maior que 30 Kg/m2) deverão ser acompanhados por um nutricionista; os casos de obesidade adquirida por distúrbios hormonais deverão ser referenciados para os serviços de endocrinologia. Acompanhar os casos a partir da contra-referência, participar e coordenar atividades de educação permanente no âmbito da saúde e nutrição sob a forma de coparticipação, acompanhamento supervisionado, discussão de caso e demais metodologias, aprendizagem em serviço, participar das reuniões de equipa de planeamento e avaliação.
Estimular a participação comunitária para ações que visem a melhoria da qualidade de vida da comunidade, realizar ações de promoção de saúde, orientação de alimentação saudável e prevenção do excesso de peso, realizar ações de vigilância nutricional, acompanhar as ações dos auxiliares de enfermagem e dos agentes comunitários, realizar consultas de enfermagem, solicitar exames complementares, aferir os dados antropométricos de peso e altura, avaliar os casos de risco, e quando necessário procurar apoio especializado, utilizar os serviços de nutrição, clínico ou de outros profissionais de saúde.
Uma boa relação multiprofissional é fundamental nessa abordagem e alguns pontos merecem ser destacados, tais como desenvolver uma discussão franca sobre a importância e a dificuldade do processo de emagrecimento, permitindo que aqueles que acham que o sacrifício envolvido na dieta é maior que o ganho, possam expressar essa ideia livremente e até optar, por não a iniciar nesse momento; ter uma atitude de apoio, não recriminatória e sensível às dificuldades, estigmatizações e frustrações em que vive o paciente obeso no seu dia-a-dia.
Algumas estratégias têm obtido avaliações positivas, com benefícios evidentes a curto prazo, designadamente através da auto-monitorização de hábitos alimentares e de atividade física diária, onde se incluem a gestão e controle do stresse, controle de estímulos que conduzem a hábitos inadequados, uso de técnicas de resolução de problemas, planos para gerir situações de risco, reestruturação cognitiva e apoio social.
Adicionalmente, a manutenção de um registo alimentar diário pode ajudar a identificar os erros pessoais cometidos, encontrando assim aqueles momentos em que pode melhorar os seus hábitos, registando os momentos em que petisca, salta refeições, come mais ao jantar ou relacionando a ingestão de comida com determinadas emoções, ou desafios que se colocam à dieta em convívios sociais.
Se tem excesso de peso ou obesidade e está motivado para alterar o seu estilo de vida, nomeadamente os seus hábitos alimentares, é importante que procure o apoio de um profissional de saúde da área de nutrição, garantindo uma alimentação hipocalórica equilibrada e uma perda de peso sob supervisão.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.
A vertigem ou desequilíbrio é uma ilusão de movimento, normalmente rotatória, em que se tem a sensação de que nós ou o meio que nos rodeia está a girar.