MEDIDAS PREVENTIVAS DA GRIPE

MEDIDAS PREVENTIVAS DA GRIPE

DOENÇAS E TRATAMENTOS

  Tupam Editores

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A gripe é uma doença infecciosa respiratória aguda, de curta duração, causada por um dos vírus influenza e que provoca febre, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, escorrimento nasal e uma desagradável sensação de mal-estar geral, sintomas que devem levar as pessoas que deles se apercebam a um centro de saúde ou posto médico.

O vírus é transmitido por inalação de gotículas da tosse ou dos espirros provenientes de pessoas infetadas ou por contacto direto com secreções nasais de doentes, que ao falar, tossir e respirar ou ainda por meio das mãos e objetos contaminados, entram em contato com os órgãos do aparelho respiratório como a boca, olhos e nariz.

Ao penetrar no nossos organismo o vírus multiplica-se rapidamente disseminando-se para a garganta e restantes vias respiratórias, incluindo os pulmões. O período de incubação, ou seja, os primeiros sintomas da doença surgem dois a quatro dias após a infeção pelo vírus, dependendo a sua gravidade do estado de resistência imunológica da pessoa infetada, muito embora ninguém esteja livre de o poder vir a ser. Porém, as pessoas mais fragilizadas, como por exemplo as de idade mais avançada e os portadores de doenças crónicas, são mais vulneráveis, apresentando sintomas mais severos e índice de mortalidade mais elevado.

Normalmente, logo que o sistema imunitário deteta a presença do vírus influenza, inicia um processo de defesa que se vai auto-ajustando às necessidades reveladas pelo organismo, ao mesmo tempo que vai executando a sua tarefa de proteção. Trata-se de um processo de defesa complexo, associado aos sintomas da patologia e habitualmente resulta na eliminação do vírus em cerca de uma semana ou pouco tempo mais.

O problema maior da gripe é que se apresenta frequentemente sob a forma epidémica, afetando milhões de pessoas todos os anos durante as estações mais frias e, entre estas, mais de um milhão desenvolvem pneumonias que frequentemente levam à morte.

Na maior parte das vezes, dos milhões de pessoas afetadas pela gripe anualmente por todo o mundo, calcula-se que cerca de um milhão delas desenvolve pneumonias que podem levar à hospitalização e morte. Sabe-se igualmente que entre 5 a 15 por cento da população é afetada por infeções respiratórias de maior ou menor gravidade, durante a eclosão das epidemias.

Antes prevenir que remediar

Além de constituir um sério problema de saúde pública, a gripe é igualmente responsável por ausências ao trabalho e à escola, causando significativa perturbação social e económica, tornando-se por isso absolutamente necessário que para além das estratégias de prevenção elaboradas pelas autoridades de saúde dos vários países afetados, tendo em conta as medidas de custo-benefício, envolvendo os sectores da saúde e economia, comecemos nós próprios por evitar os fatores de risco mais comuns.

O melhor método preventivo contra as gripes de qualquer etiologia ainda é a vacinação, uma das maiores vitórias da medicina moderna, permitindo a prevenção de mais casos de doença e morte precoce do que qualquer outro tratamento médico. No entanto, uma grande parte das pessoas não adere ao processo, seja por razões de convicção pessoal, ética religiosa ou outras, levando-as a procurar alternativas de prevenção, particularmente escassas nas sociedades globalizadas atuais, com enormes fluxos migratórios de população que rapidamente pode ser contaminada pelo vírus, potenciando as epidemias e pandemias mais ou menos graves.

Assim, independentemente das vacinas como mais um mecanismo de proteção conta a gripe, temos de cuidar da higiene pessoal de forma redobrada, em particular durante os períodos de maior perigo de contágio, lavando as mãos com a frequência possível, criar rotinas para todas as ações de higiene, ter cuidado ao tossir, usar lenços descartáveis e, de uma maneira geral, evitar aglomerados de pessoas em espaços fechados. Estes procedimentos básicos levam a que além de nos protegermos contra a influenza, também fiquemos menos vulneráveis a outros vírus respiratórios igualmente perigosos.

Outros cuidados adicionais, mas não menos importantes passam por:

— evitar mudanças bruscas de temperatura;
— não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
— proteger o nariz e a boca, cobrindo-os com um lenço descartável ou máscara;
— evitar tocar na boca e nariz com as mãos;
— lavar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel a 70 por cento regularmente, especialmente depois de tocar o nariz e a boca, ou superfícies que possam estar contaminadas;
— evitar permanecer durante muito tempo em locais com grande aglomeração de pessoas, particularmente em áreas fechadas;
— melhorar a circulação de ar abrindo as janelas;
— fazer gargarejos com água morna contendo sal de cozinha, duas vezes por dia, sobretudo quando estivermos em contacto com outras pessoas, ou ao chegarmos a casa;
— manter hábitos saudáveis, como comer bem, dormir bem e praticar exercício regularmente;
— limpar as narinas com água morna e sal pelo menos uma vez por dia, de preferência à noite, assoando o nariz com vigor, e posteriormente passar em ambas as narinas um cotonete previamente embebido numa solução de água morna e sal, uma vez que os vírus não resistem a esta combinação de água com sais de sódio.

Os gargarejos feitos com regularidade podem prevenir a proliferação do vírus, que levam normalmente dois a quatro dias entre o primeiro contacto com as narinas e garganta até ao aparecimento dos sintomas de infeção. De certa forma, os gargarejos com água salgada provocam idêntico efeito numa pessoa em estado saudável ao que a vacina exerce uma pessoa infectada. Assim, este método preventivo simples, barato e eficaz não deve de todo ser subestimado;

— reforçar o sistema imunitário através da ingestão de alimentos ricos em vitamina C presente em frutas como morango, laranja e limão e muitos outros;
— ingerir tanto quanto possível bebidas quentes como chá, café e infusões.
 As bebidas quentes limpam os vírus que possam encontrar-se depositados na garganta e que serão arrastados para o estômago onde não podem sobreviver, devido ao facto do pH local ser ácido, o que evita a sua proliferação.

A prevenção e o combate

Como já referido, nos períodos de ocorrência das epidemias de gripe há necessidade de reforçar as medidas de higiene a fim de ajudar as pessoas a prevenir a contaminação, bem como a reforçar as medidas de segurança, evitando o contacto com pessoas doentes e contaminadas, por forma a limitar a disseminação do vírus, aconselhando-se a utilização de máscaras nos casos em que seja absolutamente necessário fazê-lo.

A utilização rotineira de antissépticos como o álcool de gel ou lenços descartáveis humedecidos com uma solução salina, para prevenção da gripe durante os períodos de risco mais elevado de contaminação pelo vírus influenza é altamente recomendável dada a sua capacidade para degradar ou inibir a proliferação de microrganismos presentes na superfície da pele e mucosas. Nos alimentos, caso não seja viável uma alimentação equilibrada através dos produtos comuns, muitas vezes devido às exigências profissionais ou opções de vida, a suplementação nutracêutica à base de componentes fitoquímicos presentes na fruta, legumes, vegetais e cereais, para reforço do sistema imunitário, é uma boa alternativa que tem vindo a ganhar adeptos e está ao alcance de todos.

Produtos naturais como o alho, ginseng, echinacea, extrato de levedura, cogumelos, vitaminas A, C, E e minerais como o zinco, são comummente usados para reforço do sistema imunitário. Também a vitamina C contribui para o alívio dos sintomas da febre dos fenos e das constipações, reduzindo a tosse e os espirros bem como a sua frequência e duração.

Sabe-se que antioxidantes como por exemplo o betacaroteno, as vitaminas A, C, E e o zinco, estão envolvidos nas respostas do sistema imunitário, participando num grande número de mecanismos de defesa, como a produção de citocinas, as proteínas que regulam a função das células.

Por outro lado a echinacea é conhecida por exercer um conjunto de ações sobre o sistema imunitário, incluindo o incremento do número de glóbulos brancos no sangue, quando este fica enfraquecido pela doença, o apoio na ativação de células T não específicas, que leva ao aumento da atividade das células protetoras do organismo e do aumento da produção de interferão, a proteína que protege de infeções víricas, na promoção da atividade dos macrófagos, para além de possuir propriedades antibacterianas e antivirais.

Se a toma daqueles suplementos de saúde deve ser moderada durante a prevenção, já no combate as doses devem ser naturalmente aumentadas mediante aconselhamento de um nutricionista, normalmente disponível nos estabelecimentos de venda a público, seja nas parafarmácia ou farmácias comunitárias.

Por último, sendo a escola uma área particularmente propensa para a disseminação do vírus influenza, dada a sua vulnerabilidade, recomenda-se que na população escolar, o indivíduo doente com síndrome gripal, permaneça em casa durante os sete dias seguintes ao início dos sintomas, período crítico para a transmissão do vírus, ou até 24 horas após cessar a febre.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
09 de Abril de 2024

Mais Sobre:
PREVENÇÃO GRIPE SAÚDE

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