ENCONTRAR MOTIVAÇÃO PARA O EXERCÍCIO

ENCONTRAR MOTIVAÇÃO PARA O EXERCÍCIO

EXERCÍCIO FÍSICO

  Tupam Editores

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Existe a opinião generalizada de que o exercício regular é benéfico para a saúde em geral, além de melhorar o humor e proporcionar bem-estar físico e mental. Então, porque será que a maioria das pessoas não encontra motivação para iniciar ou manter um programa regular de exercícios? Como poderemos superar essa essa dificuldade e aproveitar os benefícios vitais de colocar o corpo em movimento?

Na realidade, encontrar motivação para praticar exercício de forma regular, nem sempre é fácil e se, no seu caso, está constantemente a arranjar desculpas para evitar a ida ou regresso às sessões de ginástica no seu clube, não é caso único. De acordo com estudo publicado pela Associação Global de Saúde e Fitness do Reino Unido, cerca de 50% dos novos frequentadores de academia em janeiro de cada ano, cancelam a sua assinatura nos primeiros seis meses após o início, 4% dos membros desistem até ao fim do primeiro mês de janeiro e 14% deixam de treinar até ao final de fevereiro.

Além disso, segundo uma pesquisa realizada pelo NatWest, um dos maiores bancos comerciais do Reino Unido, por cada 570 euros de pagamentos mensais recorrentes feitos pelos britânicos, mais de 45 euros são desperdiçados em coisas que não chegam a usufruir, destacando-se no topo da lista de despesas não utilizadas, a mensalidade dos ginásios e similares, com mais de 12%, resultando em um desperdício anual das famílias superior 28,7 mil milhões de euros.

Embora em Portugal as coisas sejam um pouco diferentes, mas com um nível médio de desistências semelhante ao britânico, segundo estudos da equipa de investigação da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL), através do “Barómetro” do fitness em Portugal, isso permite projetar para o nosso País valores, em termos relativos, idênticos aos do Reino Unido.

Como podemos então fazer uso de nossas associações, clubes e ginásios, sem que isso provoque um rombo evitável e desnecessário no nosso orçamento mensal. A resposta está na motivação para se exercitar de forma consistente, aproveitando cada cêntimo investido na sua saúde e bem-estar e é dada por especialistas em mudança de comportamentos e exercícios para garantir que não falhe nenhuma sessão programada e paga.

O especialista americano Michael J. Joyner da Mayo Clinic, que estuda a fisiologia do exercício, recorda-nos que por vezes é difícil sair do sofá para fazermos exercício, indicando, por isso, que o importante é fazer alguma coisa, evitando que aquilo que não pode fazer interfira com o que pode e deve ser feito, deixando algumas dicas de ajuda.

Em primeiro lugar, deve começar pelo que pode fazer, seja uma caminhada, uma volta de bicicleta ou exercícios ligeiros de aeróbica ao ar livre; não procurar atingir objetivos irreais como tornar-se um maratonista ou um atleta de elite, pois para obter benefícios reais em termos de saúde, bastam apenas 10 a 15 minutos de exercício diário regular; incorpore exercícios nas rotinas do seu dia-a-dia, subindo escadas ou estacionando a viatura num parque de estacionamento algo mais distante que o habitual; programe o exercício para o seu dia-a-dia como se tratasse de uma rotina ou compromisso a cumprir; idealmente procure encontrar um companheiro de treino; finalmente, aquilo que Michael Joyner considera como chave do êxito, não estabelecer metas irrealistas, evitando interiorizar que “não estou a atingir as minhas metas, sou um falhado e portanto vou desistir”, devendo antes lembrar-se permanentemente que ao praticar exercício, seja a que nível for, está fazendo algo de bom para a sua saúde.

A prática de atividades de fitness é cada vez mais uma realidade incontornável nas sociedades ocidentais apesar de, paradoxalmente, ainda serem escassos os estudos publicados, sobre os motivos que levam à sua prática, para além dos que empiricamente toda a gente reconhece e que se reflete na proliferação do número de ginásios e associações desportivas, um pouco por todo o lado.

Este paradoxo é sintomático de que o conhecimento científico sobre os benefícios proporcionados por um estilo de vida saudável evoluiu a uma velocidade superior ao conhecimento do que temos de fazer para alterar o nosso comportamento de pessoas que se tornaram sedentárias.

Nos últimos anos grandes alterações se têm vindo a registar nesta área, ganhando força a convicção generalizada de que a solução para este problema reside na promoção do exercício físico como um comportamento de saúde a implementar de forma universal, com a disciplina da psicologia a desempenhar um importante papel ao nível da conceção, implementação e avaliação de programas integrados, visando a motivação e a alteração de comportamentos.

Em completa rotura com o passado recente, encontramos hoje novas atitudes em relação à saúde e bem-estar assim como à cultura do corpo, que contrastam com as elevadas taxas de sedentarismo anteriores, bem como uma exaltação universal do conceito de aptidão física, e à emergência de novas práticas corporais que evocam a realização de um ser ativo e mais saudável, particularmente entre as sociedades ocidentais e sobretudo entre as populações urbanas, que se espelha sobremaneira na polarização dos centros de fitness, vídeos de treino e equipamentos pessoais de exercício.

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