De acordo com o relatório do Programa Nacional para a Infeção VIH, sida e Tuberculose 2017, da Direção-Geral da Saúde, há cada vez menos novos casos de infeção por VIH em Portugal.

Apesar do decréscimo, os números continuam acima da média da União Europeia que é de 6,3 novos casos por 100 mil habitantes; em Portugal a taxa reduz para 8,1 de novos casos por 100 mil habitantes.

O relatório mostra que entre 2000 e 2016 assistiu-se a uma redução de 73,5 por cento no número de novos casos, que se deve ao acesso a esquemas terapêuticos mais eficazes e à implementação de políticas e estratégias na área das drogas.

Lisboa e Porto continuam a registar os números mais elevados de pessoas infetadas, com o distrito de Lisboa a ter cerca de 41,1 por cento dos casos e o distrito do Porto 18,5 por cento.

No total, 57 por cento dos novos casos ocorreram por transmissão heterossexual, seguidos de 35 por cento de casos de transmissão entre homens que têm sexo com homens. A maioria das infeções acontece nos homens com sete diagnósticos positivos por cada três mulheres.

Portugal está próximo de alcançar a meta estabelecida pela ONUSIDA para 2020, com 90,3 por cento dos casos de VIH diagnosticados.

Em relação à tuberculose, também aqui o país continua a registar um decréscimo de casos. Foram notificados 1 836 casos referentes a 2016, 1 699 dos quais são novos casos e, tal como acontece no VIH, também é nos distritos de Lisboa e Porto que se concentram a maioria das infeções.

O relatório surge aquando da assinatura de um protocolo pelas cidades de Cascais, Lisboa e Porto, para se tornarem cidades Via Rápida para eliminar o VIH.

Ao assinarem a Declaração de Paris, estas cidades comprometem-se a implementar ações a nível municipal que irão melhorar os dados nacionais, através de políticas direcionadas para a deteção precoce, prevenção e melhoria de acesso aos cuidados de saúde.