Reportada pela primeira vez em Portugal em 2011, a vespa velutina é uma espécie asiática com uma área de distribuição natural pelas regiões tropicais e subtropicais do Norte da Índia ao leste da China, Indochina e arquipélago da Indonésia.

No início do ano, o ministro da agricultura Capoulas Santos revelou que a capacidade de reprodução da vespa asiática no nosso país tem sido impressionante. O facto levou o Governo a “reequacionar” o programa de combate à vespa asiática com base numa comissão de acompanhamento para avaliar a estratégia para fazer face a esta espécie invasora, avistada em 12 distritos nacionais.

Segundo Capoulas Santos, esta espécie invasora é uma ameaça à biodiversidade do país, e em particular para as abelhas melíferas (pois trata-se de uma espécie carnívora e predadora de abelhas), que têm um papel importantíssimo na polinização.

É urgente levar mais longe o esforço, juntamente com a Proteção Civil e as autarquias, para identificar e destruir esta praga que atingiu o país.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a associação de produtores de mel do Marão (APIMarão), a Associação de Produtores Florestais de Montemuro e Paiva e empresas produtoras de mel e derivados fazem parte de um grupo de investigação que pretende controlar a vespa asiática na região do “Douro Verde”.

O projeto, que deverá terminar em 2019, tem como missão o controlo da espécie invasora e a minimização dos prejuízos na produção de mel decorrentes da sua presença, e será apoiado por fundos comunitários. Para acabar com a proliferação desta espécie invasora estão previstas ações de monitorização do desenvolvimento da vespa asiática, sendo o objetivo criar soluções técnicas para o problema.