Suicídio de médicas veterinárias volta a chamar atenções para burnout na profissão

Suicídio de médicas veterinárias volta a chamar atenções para burnout na profissão

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A notícia do suicídio de duas médicas veterinárias do Santa Barbara Animal Doctors abalou a comunidade: Tiffany Margolin faleceu o ano passado, e Amanda Lumsden cometeu suicídio no passado mês de fevereiro. A morte destas especialistas é mais uma chamada de atenção para o problema grave que afeta a profissão.

Já vários estudos evidenciaram as taxas particularmente elevadas de depressão, ansiedade e burnout na classe médico-veterinária, com muitos profissionais a optar por tirar a própria vida.

Uma investigação realizada na Universidade do Oregon, nos EUA, revelou que 87 por cento dos profissionais de saúde, de um total de 2000 pessoas que responderam a um inquérito, se sentiam “exaustos”. Em Portugal, o assunto também já mereceu destaque tendo igualmente sido realizado um estudo com os médicos veterinários portugueses.

Segundo Lex McKenna, do Santa Barbara’s Coastal Mobile Veterinary, os médicos veterinários estão numa indústria muito emocional, pois lidam com seres que são muito queridos para as pessoas. Além disso, são motivados para resolver todo o tipo de doenças, tornando-se muito difícil encarar o facto de não conseguirem tratar todos os animais – e especialmente quando perdem pacientes.

Também não é incomum estes profissionais trabalharem 12 a 14 horas por dia, de forma a ajudar o maior número de animais possível, mas também para pagarem as suas contas.

Lidar com as expetativas dos donos também é complicado, pois os tutores esperam que o veterinário faça milagres. A sociedade habituou-se aos serviços no imediato e à gratificação instantânea, e nem sempre se consegue fazer isso.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

Mais Sobre:
MÉDICO PSICOLOGIA

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