AUTISMO

Canabidiol pode acalmar crianças com autismo

Um extrato não intoxicante de cannabis parece ajudar crianças e adolescentes com autismo, sugere um novo estudo conduzido por investigadores da Universidade de São Paulo. O canabidiol (CBD) aumentou a capacidade de resposta social, reduziu o comportamento disruptivo e aliviou a ansiedade entre as crianças com autismo.

Canabidiol pode acalmar crianças com autismo

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A prevalência global do diagnóstico de transtorno do espetro autista (TEA) entre crianças e adolescentes está a aumentar, no entanto, muitas opções de tratamento não são eficazes. De acordo com a Dra. Lara Branco, investigadora principal, o efeito do extrato de cannabis com CBD nos participantes do estudo é promissor.

Para a investigação, os especialistas reuniram dados de três ensaios clínicos anteriores que analisaram o uso de extratos de CBD para tratar 276 crianças com autismo, cuja idade média era de 10 a 12 anos.

De acordo com a Harvard Medical School, o canabidiol é o segundo ingrediente ativo mais prevalente na canábis. Ao contrário do THC, o CBD não causa intoxicação, mas os investigadores acreditam que pode beneficiar a saúde ao atuar nos recetores canabinoides do cérebro e do corpo.

Os novos resultados revelaram que o CBD parece ter realmente um efeito calmante em crianças com autismo, ajudando-as a ser mais recetivas aos outros e menos ansiosas. O CBD também pareceu melhorar a qualidade do sono das crianças, embora esses resultados não tenham sido estatisticamente significativos.

O TEA pode ser muito frustrante para todos os envolvidos – os pais das crianças e adolescentes com o transtorno, os médicos responsáveis pelo tratamento e, claro, as próprias crianças e adolescentes. Grande parte dessa frustração deve-se à procura por uma opção de tratamento viável que consiga reduzir os sintomas.

Segundo o Dr. Geert Dom, professor de psiquiatria da Universidade de Antuérpia, na Bélgica, os resultados da meta-análise são encorajadores. No entanto, são necessários mais estudos sobre o CBD para que possa ser considerado um tratamento para o autismo. É importante a realização de ensaios clínicos maiores para esclarecer a sua eficácia e segurança no tratamento do TEA.

Fonte: Tupam Editores

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