Consideramos o orgasmo como meta das relações sexuais quando, na verdade, ele é apenas uma parte dos nossos encontros e no caminho para o clímax há muito prazer e um momento determinante – o orgasto.
Provavelmente nunca ouviu esta palavra. Cria bastante confusão porque é semelhante a orgasmo, mas não são a mesma coisa. Estão, no entanto, intimamente relacionadas.

Quando se tem um orgasmo, o corpo liberta substâncias como dopamina, endorfinas e oxitocina, o que gera uma sensação máxima de prazer durante alguns segundos. Os orgasmos são o climax da relação sexual, além de ajudarem a criar uma conexão inigualável com o companheiro. Mas estes não seriam possíveis sem a presença do orgasto.

De acordo com o sexólogo Alfonso Antona, o orgasto é o processo que se produz na mente para atingir um orgasmo, ou seja, é o momento anterior antes de se apresentar o ponto máximo do prazer. É a sensação de bem-estar mental que se produz pouco antes de a satisfação física se manifestar. O orgasto prepara o cérebro para receber as sensações geradas pelo orgasmo, e conecta o corpo e a mente para o converter numa experiência totalmente prazerosa.
Uma descarga de adrenalina invade o organismo e a sensibilidade corporal aumenta. Quando o orgasto falha, é possível que o clímax sexual seja interrompido.

Segundo Antona, para conseguir um orgasto é primordial deixar-se envolver no momento, concentrar-se no que o corpo está a sentir e conectar-se ao outro para, assim, evitar distrações, ansiedade ou emoções negativas que podem invadir a mente e que o poderiam interromper.

É importante deixar de planear o momento e, em vez disso, vivê-lo ao máximo para que as sensações físicas e os pensamentos entrem em sintonia e se complementem. O orgasto é mais fácil de conseguir quando existe um vínculo especial com o companheiro, sendo mais fácil esquecer as inibições e deixar-se levar.