Mais tempo ao ar livre melhora saúde mental das crianças
Um estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, concluiu que passar mais tempo ao ar livre e menos tempo em frente aos ecrãs pode tornar os adolescentes mais felizes. O estudo envolveu mais de 577 000 jovens de 11, 13 e 15 anos de idade em 42 países.

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Rapazes que passam cerca de 90 minutos por dia em frente a ecrãs - incluindo TV, telemóveis, computadores e videojogos - e raparigas que passam uma hora expostas a esses dispositivos tinham maior probabilidade de se sentirem tristes, mostrou o estudo. E quanto maior era o tempo de ecrã, pior os jovens se sentiam.
Por outro lado, quanto mais ativos os jovens eram, mais felizes se sentiam. Além do mais, a atividade física ajudou a atenuar alguns dos aspetos negativos resultantes de muito tempo expostos a ecrãs.
Apenas 19 por cento dos jovens entrevistados relataram que eram fisicamente ativos todos os dias, e o seu tempo médio de ecrã era de cerca de seis horas por dia. Aqueles que eram menos ativos fisicamente eram mais propensos a sentirem-se irritados ou nervosos e a relatar problemas para dormir, dores de cabeça, de estômago e nas costas.
As descobertas sugerem que a atividade física promove o bem-estar mental, mesmo quando as crianças também passam muito tempo expostas aos ecrãs.
O estudo mostrou também que mesmo os adolescentes que relataram passar mais de oito horas por dia expostos aos ecrãs mostraram aumentos dramáticos na satisfação com a vida e menos problemas de saúde quando aumentaram a sua atividade física.
O estudo foi realizado antes dos confinamentos gerais impostos para travar a pandemia de COVID-19. O tempo de ecrã das crianças provavelmente aumentou e a atividade física provavelmente diminuiu como resultado da pandemia.