Descoberta proteína eficaz contra infeção pela mosca tsé-tsé
Cientistas da Faculdade de Saúde Pública de Yale, nos Estados Unidos, revelam, num estudo publicado na revista PNAS, que analisaram o processo molecular do parasita T. brucei brucei transmitido pela mosca tsé-tsé e encontraram forma de combater a infeção provocado pelo agente patogénico.
Quando uma mosca infetada morde um humano ou outro mamífero para se alimentar do seu sangue, transfere parasitas microscópicos presentes na saliva.
O hospedeiro sofre várias consequências de saúde e morte. Em África, os esforços para se controlar o problema têm sido pouco eficazes, ainda mais com a evolução do parasita que se tem tornado resistente à resposta imunitária do hospedeiro.
Com o objetivo de analisar o comportamento do parasita a nível molecular, os investigadores fizeram um sequenciamento de ARN ao nível de célula única de células individuais do parasita.
Foi possível verificar, desta forma, a informação sobre os processos moleculares que dão origem aos parasitas metacíclicos que infetam o hospedeiro no local da mordida.
Foi ainda identificado um novo grupo de proteínas de superfície (FAM10) que estão fortemente relacionadas com os parasitas metacíclicos.
Vacinar ratinhos com uma destas proteínas reduziu significativamente o número de parasitas no sangue durante o início da infeção.
Neste estudo, descobriu-se que a proteína SGM1.7 é uma forte candidata a vacina para bloquear a transmissão do parasita no local da mordida.