Urticária é a designação dada a uma reação alérgica da pele, geralmente sem gravidade, porém extremamente incomodativa devido à comichão e aos efeitos inestéticos que provoca, particularmente quando atinge o rosto ou outras zonas externas do corpo mais expostas.
É caraterizada pelo aparecimento súbito de edema localizado ou disseminado na pele, acompanhado por uma sensação de prurido, queimadura ou picada, podendo em alguns casos confundir-se com um angiodema, um outro tipo de reação da pele e das mucosas, cujos mecanismos ainda são mal conhecidos, mas que corresponde a um inchaço ou edema geralmente visível na mucosa labial, palpebral e na face, mas que pode ter um equivalente nas mucosas menos visíveis da orofaringe e laringe, ocorrendo no entanto, nos tecidos mais profundos da pele.
O seu aparecimento, habitualmente precedido de forte ardor e comichão, revela inchaços avermelhados e ligeiramente salientes, inicialmente de pequena extensão, mas que rapidamente se podem propagar por zonas mais alargadas da pele. O inchaço é causado pela libertação de substâncias químicas, como a histamina, dos mastócitos na pele, que provocam o vazamento temporário de líquido para fora dos pequenos vasos sanguíneos, provocando comichão intensa.
A urticária possui bordos geralmente bem definidos, podendo ter uma zona central pálida, e tipicamente apresenta-se em surtos que aparecem e desparecem, podendo permanecer durante várias horas e logo desaparecer, surgindo outra em outro qualquer local pouco depois. Depois de desaparecer, a pele regressa geralmente ao seu aspeto inicial.
Embora se admita que possam existir causas genéticas para a eclosão da doença, geralmente a urticária ocorre quando determinadas substâncias químicas forem inaladas, consumidas, tocadas ou injetadas, substâncias essas que podem estar no meio ambiente, nos alimentos, medicamentos, insetos, plantas ou em outras fontes de contacto.
As substâncias químicas potencialmente responsáveis pelo aparecimento da urticária, não são prejudiciais à grande maioria das pessoas, mas se determinado organismo for sensível a essas substâncias, denominadas alérgenos, podem provocar uma reação alérgica, ou seja, o sistema imunológico reage exageradamente a essas substâncias químicas. Contudo, na maioria dos casos não é possível identificar o alérgeno causador da urticária porque ela não deriva de uma reação alérgica, mas antes de uma doença autoimune pré-existente. Nesse tipo de doenças, o sistema imunológico não funciona corretamente e ataca os próprios tecidos do organismo, considerando-os como corpos estranhos.
Por outro lado, também alguns tipos de medicamentos podem provocar urticária diretamente sem, contudo, causarem reações alérgicas, bem como alguns estímulos físicos como calor, frio, fricção, pressão ou luz solar podem produzir o mesmo efeito, por razões ainda não completamente compreendidas.
Consoante a duração da urticária, ela pode ser classificada como aguda, caso dure menos de 6 semanas ou como crónica, se durar mais tempo. Na urticária aguda, quando a causa pode ser identificada, na grande maioria dos casos as reações alérgicas são causadas por medicamentos, alimentos e aditivos alimentares ou picadas de insetos e ainda por estímulos físicos ou doenças autoimunes.
Geralmente são os alimentos que mais podem contribuir para desencadear reações alérgicas, de entre os quais se destacam os ovos, peixe, frutos do mar, nozes, frutas, aditivos alimentares como especiarias, medicamentos ou picadas de insetos, que mesmo em pequenas doses podem provocar urticária de forma inesperada e repentinamente. Todavia, na maioria dos casos, ainda não se consegue identificar uma causa específica para a urticária aguda.
Na urticária crónica, as possíveis causas identificáveis da doença são idênticas às de urticária aguda. No entanto, na quase totalidade dos casos, a causa idiopática não pode ser identificada, pois surge espontaneamente, sem que a sua origem seja conhecida, acreditando-se que a urticária crónica, não tendo uma causa identificável, ocorre devido a uma reação autoimune sem uma causa que possa ser detetada, devendo por isso, envidar-se todos os esforços para descobrir uma causa pois sem isso torna-se difícil uma adequada abordagem ao tratamento. A urticária crónica pode durar meses ou anos e desaparecer sem qualquer razão aparente.
O principal passo a dar no tratamento da urticária é evitar a exposição ao agente desencadeador da reação, tarefa particularmente difícil, principalmente nos casos em que a urticária é provocada por infeções virais. No entanto, sendo na grande maioria dos casos uma doença benigna e desaparecendo espontaneamente em horas ou dias, o tratamento é geralmente limitado ao alívio dos sintomas, nomeadamente a comichão.
Os principais medicamentos usados para tratamento da urticária, são os anti-histamínicos, popularmente conhecidos por antialérgicos, drogas que administradas por via oral, inibem a libertação da histamina, atuando diretamente na causa das lesões da pele. Estes fármacos aliviam parcialmente a comichão e reduzem o inchaço, mas para serem eficazes devem ser administrados regularmente e não apenas quando necessário. Vários destes medicamentos, estão disponíveis no mercado sem receita médica.
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