Um estudo que foi apresentado no Congresso Europeu de Cardiologia, que decorreu recentemente em Barcelona, em Espanha, destaca que o uso de telemedicina para tratar doentes com insuficiência cardíaca pode reduzir em 55 por cento o número de internamentos, com igual percentagem na diminuição de custos.

A pesquisa de cientistas espanhóis foi realizada com base na avaliação de 116 pacientes com dois subtipos de insuficiência cardíaca, 66 doentes dos quais receberam apenas seguimento médico convencional, enquanto outro grupo de 50 pacientes foi seguido por telemedicina.

Os dados apurados mostraram que, no grupo assistido com recurso à telemedicina, os custos diretos com os tratamentos diminuíram uma média de 3 170 euros por doente por cada seis meses de seguimento.

“A introdução da telemedicina veio reduzir os internamentos e também os custos associados”, afirmou o médico Santiago Jiménez, um dos autores do estudo.

A telemedicina aplicada a doentes com insuficiência cardíaca permite consultas médicas por videoconferência e uma monitorização à distância de diferentes variáveis, algumas das quais devem ser medidas e controladas diariamente.