REDESCOBRIR A NATUREZA E A NÓS MESMOS

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BELEZA E BEM-ESTAR

  Tupam Editores

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Num mundo cada vez mais urbanizado, com mais de metade da população mundial a viver em grandes cidades e o seu número em constante crescimento, torna-se urgente reinventar espaços onde as pessoas possam estar em contacto com a mãe-natureza e a possam proteger como herança das próximas gerações, o que vai obrigar políticos e governos a enormes desafios.

As Nações Unidas definiram oficialmente o dia 15 de novembro de 2022, como a data em que a população mundial atingiu os 8 mil milhões de pessoas. Nessa altura, a organização previa que o crescimento populacional continuasse, estimando que em 2050 haja 9.700 milhões de pessoas e no fim do século, 10.400 milhões.

O último relatório da ONU-habitat indica que até 2050 a população mundial a viver em cidades será de 68%, estimando que a população urbana aumente 2,2 mil milhões de pessoas por ano até ao meio deste século. Um dos destaques do relatório é a indicação de que nos últimos dois anos foi percebida uma desaceleração na velocidade de urbanização a nível global, devido à migração em grande escala das grandes cidades para o campo, em consequência da pandemia de covid-19.

Essa resposta de curto prazo, não foi no entanto bastante para alterar o curso da urbanização global, que continua a crescer, devendo atingir 68% em 2050, o que naturalmente será feito em prejuízo e degradação do meio-ambiente, a menos que soluções drásticas sejam “inventadas”.

Não há muito tempo, a vida quotidiana dos nossos antepassados foi construída em boa parte pela natureza. As mudanças nas estações, os calendários lunares e a fome humana influenciaram o momento em que os planos de viagem eram feitos, a colheita começava e a socialização acontecia. Esse entrelaçamento intrínseco durou milhares de anos e, como resultado direto, a nossa humanidade continua sintonizada com os sinais que nos são dados pela natureza.

Lamentavelmente, o nosso estilo de vida moderno distancia-nos cada vez mais de passar tempo no mundo natural e esse facto pode ter-nos afastado do nosso eu mais íntimo. Em vez de aprender a ler a fauna e a flora à nossa volta, aprendemos a decifrar os inúmeros logótipos e emblemas que o mundo nos impõe. Subtilmente isso levou a que esse afastamento tivesse efeitos perversos profundos nas pessoas, física, emocional e espiritualmente, sendo chegada a altura de nos reconciliarmos novamente com a natureza.

Para que isso seja possível, é condição necessária que a natureza exista e sejamos capazes de a manter em condições ambientais saudáveis, isto é, conservando os ecossistemas naturais que dão suporte à vida de todos os seres vivos e nos proporcionam serviços ambientais gratuitos como, água potável, ar limpo, solo produtivo e biodiversidade.

Na natureza, todos os elementos funcionam de forma harmoniosa, contribuindo para o bem comum, o bem da vida, manifestando-se de diferentes formas e por vezes algo impressionantes. Ao mantermo-nos em sintonia com o mundo natural que nos rodeia, vivendo de forma equilibrada, podemos mais facilmente ligar-nos a ele e sentirmo-nos como fazendo parte dele. Durante os períodos em que muitas atividades entram em pausa, a natureza mantém o seu curso e esplendor natural, com a tranquilidade que tão bem a carateriza.

Pesquisas recentes, divulgadas pela World Wide Fund for Nature (WWF), dão a conhecer que a simples incorporação de atividades ao ar livre e momentos de ligação com a natureza em nossas rotinas diárias, é algo muito importante para a saúde em geral, tendo demonstrado que essa prática altera a estrutura cerebral, aumentando a massa cinzenta no córtex pré-frontal, região envolvida no planeamento, regulação das ações e no desempenho cognitivo. Assim sendo, é fundamental incluir caminhadas em contacto com a natureza, meditação ao ar livre ou simplesmente passar tempo em um ambiente natural relaxante, seja no campo ou na montanha.

Num mundo cada vez mais digital e acelerado, torna-se fácil o afastamento do poder restaurador da natureza, porém, surgem cada vez mais estudos a comprovar que o contacto com a natureza traz benefícios significativos para a saúde física e mental. Com as pessoas permanentemente induzidas a utilizar os smartphones, notebooks e outras parafernálias tecnológicas, as pessoas mal têm tempo para refletir no que é realmente importante para si mesmas e para o seu bem-estar.

Porém, sucessivas pesquisas têm vindo a demonstrar que uma relação próxima com a natureza pode ser extremamente benéfica para ajudar a limpar a atmosfera de hidrocarbonetos, poluentes nocivos para a saúde humana, além de melhorar os índices de saúde e bem-estar, como a diminuição da pressão arterial, redução das hormonas associadas ao stresse, melhoria dos batimentos cardíacos, do humor e da função cognitiva, por exemplo.

A nível mental, os estudos levados a cabo referem ainda que natureza ajuda a estimular a nossa criatividade e pensamentos inovadores, melhorando a nossa capacidade para resolver problemas e gerar ideias, além de proporcionar um aumento dos níveis de satisfação e felicidade, melhorando consequentemente a qualidade de vida em geral.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
24 de Setembro de 2024

Mais Sobre:
SOCIEDADE AMBIENTE ONU

Referências Externas:

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