O termo dermocosmético pode ser usado de forma intercambiável, para designar uma vasta gama de produtos para aplicação na pele, podendo em alguns casos de produtos-fronteira ser confundido com produtos dermatológicos de ação terapêutica e não com produtos de higiene corporal, beleza ou bem-estar, tornando-se assim necessário verificar a descrição e os ingredientes específicos usados na sua composição para melhor entender a sua finalidade e benefícios.
Por definição legal, “um produto cosmético é qualquer substância ou mistura destinada a ser posta em contacto com as partes externas do corpo humano ou com os dentes e as mucosas bucais, tendo em vista, exclusiva ou principalmente limpá-los, perfumá-los, modificar-lhes o aspeto, protegê-los, mantê-los em bom estado ou corrigir os odores corporais”.
Na procura incessante por uma pele radiante e saudável, a Indústria de dermocosmética tem vindo a passar por uma verdadeira revolução, onde o universo da ciência converge com a estética com o objetivo de oferecer cuidados cada vez mais personalizados e de maior eficácia. Os produtos dermocosméticos podem ser usados em diferentes tratamentos dermatológicos, como anti-envelhecimento, redução de flacidez, manchas na pele, calmantes, hidratantes, adstringente e cicatrizes da acne.
Desempenham hoje um papel importante na promoção da saúde da pele, combinando elementos de cuidados dermatológicos e cosméticos. A escolha e o uso adequados desses produtos podem contribuir significativamente para a promoção de uma pele saudável e radiante. Esses produtos são formulados para oferecer benefícios estéticos e terapêuticos, contribuindo para a manutenção da saúde cutânea, quer seja através da hidratação, nutrição ou outros meios não invasivos.
Os dermocosméticos possuem princípios ativos cientificamente comprovados que atuam nas camadas mais profundas da pele e são reconhecidos para o tratamento de problemas específicos como textura, hidratação, oleosidade, poros, manchas e rejuvenescimento, enquanto os cosméticos podem não possuir substâncias ativas comprovadas e atuam mais na questão sensorial e na beleza, produzindo alterações momentâneas que vão produzir um efeito mais imediato, sem realmente tratarem a pele.
Além disso, os dermocosméticos possuem compostos capazes de penetrar mais profundamente na epiderme e na derme, enquanto os cosméticos atuam na camada mais superficial da pele. Por outro lado, para ser classificado como dermocosmético e colocado no mercado, um produto necessita de passar pela avaliação e aprovação do Infarmed e obedecer ao Regulamento dos Cosméticos.
Não obstante os produtos cosméticos não necessitarem de uma autorização prévia à colocação no mercado, também precisam de cumprir os requisitos estabelecidos no Regulamento dos Cosméticos, seguindo os trâmites semelhantes aos dermocosméticos.
Quando se tem por objetivo efetuar um procedimento não invasivo, os bio-estimuladores de colagénio podem ser uma excelente opção, pois colaboram para elevar as áreas com perda de sustentação da pele, uma intervenção defendida por especialistas em estética e fisiopatologia humana e que tem ganhado cada vez mais procura entre as pessoas que desejam melhorar a sua autoestima e cuidar da saúde da pele.
O procedimento é realizado uma vez por ano e promove o estímulo de colagénio, deixando as áreas onde foi aplicado com um aspeto natural, demostrando que os bio-estimuladores promovem a produção de colagénio do próprio corpo, ajudando no rejuvenescimento, com um aspeto mais liso, uniforme e sustentado da pele. Trata-se de um procedimento de exceção realizado por via injetável, entre as pessoas a quem a idade ou o excesso de exercício físico provocaram a deterioração da base de sustentação da pele.
Sector cada vez mais sofisticado e em grande desenvolvimento, a indústria de cosmética e dermocosmética, atenta às tendências dos mercados, continua a pugnar pela obtenção de melhores produtos e resultados, a fim de poderem responder eficazmente às exigências do dia-a-dia. De acordo com dados do ReportLinker, a indústria europeia de cosmética, deverá registar uma expansão significativa com um volume de negócios previsto de 663 mil milhões de euros até 2027.
A mesma fonte prevê que o mercado português de cosmética, deva registar um importante crescimento durante o período de 2023-2027, crescimento esse que é atribuído a fatores como a crescente demanda por produtos naturais e orgânicos, o aumento das plataformas de comércio electrónico e a cada vez maior consciencialização sobre cuidados pessoais e de higiene.
Como ainda não foi estabelecida uma nomenclatura específica definitiva para os dermocosméticos, eles acabam por ficar inseridos no grupo dos produtos cosméticos, não exigindo por isso receita médica para o seu uso. Contudo, é de realçar que alguns produtos, como por exemplo os usados no tratamento da acne e outras condições, podem não ser indicados para todos os tipos de pele e pessoas, como é caso dos ácidos. Daí que a melhor e mais segura forma de utilizar alguns produtos como cremes anti-envelhecimento, séruns, máscaras e outros produtos, é seguir o conselho de um dermatologista, pois é este quem melhor saberá indicar o produto mais adequado para obtenção dos resultados desejados.
Face ao esperado agravamento das condições climáticas, torna-se necessário estar precavido e saber cuidar da pele, primeira linha de defesa do nosso corpo contra as intempéries.
Mais de metade da população mundial a viver em grandes cidades, torna-se urgente reinventar espaços onde as pessoas possam estar em contacto com a mãe-natureza.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo.